quarta-feira, 27 de junho de 2012

banhos

ontem um banho de mar para atirar as raivas
abençoado o mar que as transforma e nos devolve em paz e tranquilidade
depois um banho de imersão
com alfazema
onde deixei as dores
me cuidei
e hmmm
zen
boa, esta época de ir a banhos

segunda-feira, 25 de junho de 2012

un muchacho y ... a sua triste solidão

Lembrei-me novamente de ti ao ler isto, da minha amiga Victoria, das Quilombo Teatro

domingo, 24 de junho de 2012

sonhos vários

tenho a sensação que hoje sonhei toda a noite, diversos sonhos, como 3 ou 4 sonhos, contigo. Depois um pequeno-almoço lá fora, arrancar ervas,  ouvir flamenco, almoçar, cair de novo na cama cheia de sono. mais duas horas a sonhar contigo. um parque ou jardim enorme, viamo-nos de vez em quando, de longe, sem ainda termos sido apresentados. Era o último dia de uma formação que havias dado, organizada pelas descalças e ainda nao nos tinhamso cruzado. a laurinda disse que o pessoal estava a adorar a formação. eu ia falar com as pessoas hoje, antes do fim da formação, em nome das descalças. não sei, no entanto onde vai ser a ultima sessão, vou caminhando pelo parque/jardim, ainda ha muito tempo. de quando em vez vemo-nos. olhamo-nos de longe e parecemos adivinhar que um é o outro.
é como se também me desejasses encontrar.
e eu ansiosa.

enfim, loucuras

sexta-feira, 22 de junho de 2012

perturbante

perturbas-me os dias e as noites.
penso demasiado em ti.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

a cura

a cura
para esta falta de amor
é sair mais à rua, não é?
pronto
vou
saio da concha
obrigo-me
ao caminho

quarta-feira, 20 de junho de 2012

clown

foto Sara do Canto

Devo ao (re)encontro com o Enano esta força e energia para voltar, em pleno, a deixar sair o eu-palhaça! A soltar de mim as coisas que estavam presas e que levam o tamanho do coração.
É certo que andava em ebulição o meu regresso (não só como formadora, mas como palhaça) à rua, mas acompanhar o trabalho dele (ou voltar a estudar o trabalho da Wendy Ramos) tem-me dado muito alento e energia. No último mês, a Luna saiu à rua umas dez vezes, sempre com coisas diferentes! Espalhou o amor todo que tinha para espalhar. E eu não fico vazia, pelo contrário. Recordo, sem esforço algum, as caras, abraços e risos em Cabo Verde (onde nasci, como palhaça), tudo o que dei na Bolívia, no Perú, no Chile, o que sinto nos Açores. Ontem, vi o Enano dizer que, em épocas como as que vivemos actualmente, nós, artistas com a rua no sangue, temos que sair mesmo para a rua. Sem dúvidas! 
Quero devolver às pessoas o riso, a ternura, um pouco de alegria no cinzentismo dos dias. 
Cada hora que passa, posso empurrar o mundo para outro lado, para que ele volte a transformar-se.
Obrigada ao universo por tudo isto! Obrigada Enano.

terça-feira, 19 de junho de 2012

performance

a primeira que fiz tu disseste:
- disseste apenas 1 terço de tudo o que tinhas para dizer.

é verdade.
é verdade
tenho que produzir mais!
quando eu disser tudo o que tinha para dizer eu vou ficar vazia no final de uma obra e não "já noutra" em dia de estreia. então o que eu quero é isso. tudo, tudo tudo na próxima obra!

sábado, 16 de junho de 2012

organizar-me

É como se precisasse organizar o mundo à minha volta para estar organizada cá dentro.

y sin embargo...

coincidências

mostro que canto, respondes com remédios do som.
viajas, fazes malas, ameaço fazer malas também.
voei ontem à noite. voaste à tarde!
poxa, quanta coincidência facebookiana escondida!

quinta-feira, 14 de junho de 2012

começou a viagem?

terá começado a conhecida viagem de doi, não doi, toma, tira, dá, silêncio, provocação... quero-te e não te quero...?!
ai, ai...
hoje só me lembro da frase: "tu tornas-te eternamente responsável por aquilo que cativas" do Saint-Exupery!


terça-feira, 12 de junho de 2012

Não quero o teu amor

Já me aconteceu.
- Não quero o teu amor.
- Que tem de errado o meu amor?
fico sempre sem saber.
mas pronto, que hei-de fazer?
- Não quero.
- Não queres... dou, até me cansar.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Escondidas

Permitir ou pensar que alguém me foge ou se esconde, é aceitar que eu ando à procura ou atrás desse alguém.
E se eu pensar que não ando atrás nem à procura?
Então não me foge ninguém. Simplesmente não nos encontramos.
...
O pior é que, quando tenho coisas para dizer, coisas que ficaram penduradas, eu procuro a oportunidade de as dizer.
Se o outro se esconde não é necessariamente por as não querer ouvir. Sou eu que vejo um esconder onde simplesmente pode existir outra coisa qualquer.

E então, porque não disse essas coisas no momento em que as senti?
pois, porque me fecharam a porta, desligaram o telefone ou foram ali "comprar tabaco"...
pois,
reflito.
e outras vezes foi porque demoro muito tempo a entender o que quero dizer e, nesse entretanto, o outro alguém esfumou-se!
bolas...
o tempo, sempre o tempo...
o certo, o justo, o desacertado...
nunca a paz! sempre a procura dela!

segunda-feira, 4 de junho de 2012

casar comigo


tarte de espinafres e cogumelos

cada vez que cozinho coisas deliciosas, penso que queria casar comigo :-P

mas bolas, não posso!

outra vez farta

farta de pessoas com excesso de umbigo e de cegueira pel@s outros, farta de pessoas com falta de coragem e cheias de medos.
o mal é meu. farto-me porque me canso de aguentar. Não devo deixar-me fartar! há que resolver as coisas pela raiz.
desta vez não me fartarei de ti. não chegarei a cansar-me porque não darei hipótese, à primeira, de me cansar. Não espero mais nada. e quando me vieres falar vais ter que ouvir também! já. logo.

domingo, 3 de junho de 2012

Passión





"Without passion we'd be truly dead" *

Chove em todos os lados
por dentro e por fora de mim.


*Joss Whedon

o que eu penso disto tudo

que não o conheço mas já me procupo e gosto dele.
que não tem, apesar disso, o direito de partilhar publicamente a sua profunda dor sem se preocupar com o que as outras pessoas sintam ao lê-lo
que entendi o seu grito como um apelo de mimo e carinho vindo do fundo da sua tristeza e desolação
que me doeu essa dor de outro

que não sou sua amiga e, além isso, não tenho também que comportar-me como mãe, pedagoga ou amante
que lhe sinto carinho porque já lhe entreguei parte do que sou (e isso é para cuidar)
que lhe escrevi um mimo, que dei amor sem que mo pedisse, respondendo ao apelo público que lançara

que me merecia uma resposta, por mais triste que esteja

que, como diz a letra da canção da Bebe, o silêncio é a mais eloquente forma de mentir.
que não gosto do seu desaparecimento ou escondidismo.