Ainda há dias, em conversa com ele, me recordava do dia em que vi crianças moçambicanas reclamarem porque o professor tinha faltado ao trabalho e elas ali, a quererem aprender.
Comentavamos das diferenças entre o ter e o não ter, do valor que damos ou não damos ao temos e ao que somos.
Não creio que tenhamos que deixar de ter para aprender a valorizar o que temos. Não creio que, no que diz respeito à escola, tenhamos que inventar para nós (a sociedade ocidentalizada em que vivo) novas crianças que valorizem o que têm. Creio isso sim que, definitivamente, a escola que temos não é a escola certa! Não digo a ideal, nem a melhor possível. Digo a escola certa. Não é. e tenho dito!
Quanto às crianças, há maravilhosos exemplares à minha volta. Uma minoria, certamente. E, por isso, não posso evitar ter uma ténue esperança sobre a possibilidade de o futuro vir a ser um pouco melhor do que o presente.
Precisamos de escolas certas na nossa sociedade, de sociedades certas como outras comunidades, e também de crianças heróicas como
estas.