quarta-feira, 27 de maio de 2015

o caminho de uma aprendiz de palhaça

O caminho parece fazer todo o sentido quando o que projectamos ou secretamente desejamos e o que a vida nos vai brindando se aproximam como a carne da pele...
ssssshiu... falemos baixinho.
:-)
tenho andado a sonhar com o Slava.
Paris, Clown, Castelo de Vide, ... poesia, etc e tal.
no fim-de-semana passado, no taller "corazón payaso" com Wendy Ramos, no Ciclo "Very important woman" fez aparecerem mais umas quantas certezas.

Lá, conheço a Lena, trabalhadora dos PsF com quem cruzo empatias e lágrimas. Eu comecei a ser palhaça por causa deles, recordemos! Conheço ainda as Almazen(as) Mar e Macarena. Especial encontro e empatias.
Para além de abraçar tanta outra gente bonita em quem semeei sorrisos e vontades de viajar aos Açores. No final do fim-de-semana há 3 certezas: Sue Morrison, Pepe Nuñez (escola de clown) e o meu angelito peruano de 2010 que há que sanar. Há que curar o passado! Inventa-se um "clown y llanto" onde sou maestra! Encontro-me ainda em Barcelona com a Celia Ruiz e conheço as Bellotas.
Agora, no  Circ Cric... a não ser agora não sei quando viria realizar também este sonho, conheci o Tortell.
Re-abracei o Pepe Nuñez e a Laura Bolón, volta a mover-se a rede internacional de palhaças fundada nos Açores, e inicio o workshop com Caroline Obin. Toda uma surpresa e a certeza de que é exactamente EXACTAMENTE isto o que necessito neste momento, enquanto artista e palhaça!
Ela cita o Slava. Sorrio. Parece fechar-se este círculo.
Passamos agora ao próximo círculo da espiral.

Andi, Pai Rui, preciso de sapatos velhos vossos!!! Quanto maiores melhor! ;-)
Já tenho um vestido verde e comprei um peixe novo para a Luna.

A minha vizinha de quarto chama-se Mercedes e vive em Lanzarote.
A vida continua, pelos montes, perdida na noite pelos bosques, em caravana, sonhando e fazendo e sendo. Sempre!
:-)

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Processo Criativo & A Liberdade Do Renomado Palhaço Slava Polunin

o teatro que eu amo... por Slava Polunin

What Is My Kind of Theatre?
or
The Theatre I Love
- It is a kind of wedding cavalcade,
where I try to marry everyone to everyone;

- It is a theatre of ritual magic
and festive pageantry,
constructed on the basis of images and movements,
games and fantasies,
that are the common creation of the audience and the people of the theatre;

- It is a theatre which inexorably grows
from dreams and tales;

- It is a theatre of hopes and dreams,
full of longing and loneliness,
losses and disillusionment;

- It is a theatre which always changes,
which breaths spontaneous improvisation
and cares scrupulously for tradition;

- It is in the vein of contemporary
multi-layered synthesis,
on the boundary of life and art;

- It is a theatre that works in an epic-intimate alloy
of tragedy and comedy,
of absurdity and naivity,
of cruelty and gentleness;

- It is a theatre which escapes
definition and the unequivocal
understanding of its actions,
as from attempts
to usurp its freedom.


Slava Polunin