Esta noite o medo pairou sobre a nossa cama.
Talvez apenas sobre a minha parte da almofada.
Afastei-me de ti para te não contagiar. Vieste abraçar o meu abraço.
A vida segue. a chuva cai.
segunda-feira, 12 de outubro de 2015
segunda-feira, 5 de outubro de 2015
para contar
Quando te sintas triste menina- dizia a minha avó- entrança o cabelo,
prende a dor na madeixa e deixa escapar o cabelo solto quando o vento do
norte sopre com força. O nosso cabelo é uma rede capaz de apanhar tudo,
é forte como as raízes do cipreste e suave como a espuma do atole.
Que não te apanhe desprevenida a melancolia minha neta, ainda que tenhas o coração despedaçado ou os ossos frios com alguma ausência. Não deixes que a tristeza entre em ti com o teu cabelo solto, porque ela irá fluir em cascata através dos canais que a lua traçou no teu corpo. Trança a tua tristeza, dizia. Trança sempre a tua tristeza.
E na manhã ao acordar com o canto do pássaro, ele encontrará a tristeza pálida e desvanecida entre o trançar dos teus cabelos…"
Registo da antropóloga Paola Klug, Fotografia tirada na Nicarágua por Candelaria Rivera, do ensaio fotográfico: "Amor de Campo"
Que não te apanhe desprevenida a melancolia minha neta, ainda que tenhas o coração despedaçado ou os ossos frios com alguma ausência. Não deixes que a tristeza entre em ti com o teu cabelo solto, porque ela irá fluir em cascata através dos canais que a lua traçou no teu corpo. Trança a tua tristeza, dizia. Trança sempre a tua tristeza.
E na manhã ao acordar com o canto do pássaro, ele encontrará a tristeza pálida e desvanecida entre o trançar dos teus cabelos…"
Registo da antropóloga Paola Klug, Fotografia tirada na Nicarágua por Candelaria Rivera, do ensaio fotográfico: "Amor de Campo"
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