somos bichos estranhos, nós as pessoas. Complicamos o que sentimos porque teimamos em querer entender e dar nomes.
Acordei hoje de novo com ânsias de falar, não apenas escutar. Dizer tudo o que sinto independentemente de saber dar-lhe os nomes certos ou justos ou não. Falar, falar, falar. Contar o que me vai na alma, o que me inquieta, o que custa esta viagem de estar sempre a viajar, este desafio de querer estar em paz, afinal.
De estar bem comigo. de ser honesta, de viver sempre a verdade em mim. Gosto muito de estar com outras pessoas e tenho o desejo da solidão também imerso nos sonhos.
Em permanente mudança!
E, então, escutando o corpo decidi ficar na cama, todo o dia, força-lo a não se mexer (ou, vá lá, a mexer-se o mínimo) hoje. E lembrei-me de um maravilhoso e triste excerto do Luiz Pacheco no seu "Exercícios de Estilo" cujo rasto perdi, infelizmente, como tantos outros livros, há anos...
Então convidei muita gente para a minha cama, hoje. Estou a trabalhar com pessoas, livros e cadernos.
E a cama está cheia. E é uma festa e uma alegria!
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