foto retirada daqui
O Uruguay tem uma área territorial de 176 mil km2 (quase o dobro de Portugal) e apenas 3 milhões de habitantes (Montevideo, a cidade capital tem 1,6 milhões de habitantes). É um país bastante desertificado. A sua posse esteve muitas vezes a ser disputada entre Portugal e Espanha. Era habitado por índigenas Charruas, Guaranís y Boanes. As primeiras três invasões espanholas resultaram em "todos os espanhóis mortos à flechada..." ;-) Depois, anos mais tarde, o resultado foi o extermínio completo dos povos indígenas...
Quase não há construções de pedra.
O Uruguay é um dos países onde o nível de reciclagem é maior. Este dado deve-se a que a reciclagem (clasificacion) é feita muitas vezes pelas "castas" mais pobres que herdam a sua actividade "profissional" de pais para filhos, desde há muitos anos. Os cascos dos cavalos ecoam todos os dias pelas ruas da cidade...
A agricultura é quase inexistente, hoje em dia, e serve apenas ao consumo interno. Em 2005 as cabeças de vaca no Uruguay eram 12 milhões... são mais que muitas! Grande parte da economia ganadera está nas mãos de empresas brasileiras. A pesca é quase toda artesanal e (sem dramas) vendida directamente aos consumidores, mas a actividade não tem grande (ou nenhuma) importância na economia do país.
Galeano, Onetti, Quiroga, Benedetti são alguns dos nomes da literatura uruguaia que vale a pena conhecer. Há uma grande produção de livros (bem escritos e ilustrados) para a infância. As livrarias são uma doce tentação... todos os dias!
No séc. XX, como aconteceu em quase todos (senão todos) os países da América Latina, a ditadura militar (impulsionada politicamente pelo norte da América) foi responsável pelo extermínio de grande parte da cultura e da educação. O Uruguay chegou a ter 5mil presos políticos nesse período que decorreu entre 1973 e 1985. Muitos regressaram então ao país, outros não. Encontro, nas ruas, o vazio de toda uma geração inexistente. A população é maioritariamente idosa (mais de 60 anos) e a juventude activa tem no máximo 25, 30 anos... Há todo um país para recomeçar...
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