Acordo sorrateiramente às 7h da manhã.
Um sol inesperado nasce a leste do meu coração e sinto a tua mão que o agarra e o acaricia.
Estranho e raro sentir que o aperta sem lhe tocar.
Medito mais tempo do que o habitual. É domingo e a lua está cheia nas noites.
Fico a olhar o tempo e o corpo paralizados. Durmo em pé.
Estou calma, demasiado calma,
desejando as tuas mãos
e um abraço.
O café arrefece a olhar para a minha boca.
Nasceram melros novos na minha janela, junto ao telhado.
Melancolia deve ser isto, este abandono a que me dedico
e me paraliza os passos.
Não ouso pensar, não ouso sonhar, não ouso ser-me em mim.
Hoje é dia de falar com os anjos!
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