ontem, em Salvador da Baía.
Tudo alagado, até o que não era previsto alagar-se e o que não é costume.
(escuso-me a comentar o facto)
Uma recepção efervescente no aeroporto incluiu uma discussão forte (e quase feia) entre os taxistas que queriam levar-me a casa da Thareja.
Uma anfitreã de couchsurfing fantástica! Marcarei a estreia dela como anfitreã.
Um prazer. um lindo encontro. Que mulher bonita!
estou meia telegramática hoje.
mas é porque quero sair para a rua!
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
chove cada vez que me mexo
Corre, por estas bandas, a teoria de que quando me movo, chove!
Teoria quase registada com patente pelas irmãs Rocio e Veronica.
Choveu cada vez que vim de San Carlos a Montevideu fazer uma "Plenilunia" - espectáculo clown (e foram várias vezes!), choveu quando fui de Montevideu para o Rio de Janeiro (o voo atrasou 2 horas para sair), choveu quando vim definitivamente de San Carlos na semana passada (como fiquei aqui sossegada, o tempo deixou de chorar e apanhei um calor de verão quase toda a semana), chove hoje e dizem que troveja amanhã (que estou de partida do Uruguai).
Sei perfeitamente que não tenho qualquer influência sobre a meteorologia uruguaia.
Antes acreditava nas sincronicidades. Agora já acredito também nas coincidências ;-)
Teoria quase registada com patente pelas irmãs Rocio e Veronica.
Choveu cada vez que vim de San Carlos a Montevideu fazer uma "Plenilunia" - espectáculo clown (e foram várias vezes!), choveu quando fui de Montevideu para o Rio de Janeiro (o voo atrasou 2 horas para sair), choveu quando vim definitivamente de San Carlos na semana passada (como fiquei aqui sossegada, o tempo deixou de chorar e apanhei um calor de verão quase toda a semana), chove hoje e dizem que troveja amanhã (que estou de partida do Uruguai).
Sei perfeitamente que não tenho qualquer influência sobre a meteorologia uruguaia.
Antes acreditava nas sincronicidades. Agora já acredito também nas coincidências ;-)
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
Calendário revolucionário
Tanto e tanto que me falta aprender na vida. Hoje aprendi que existe um calendário revolucionário. Que lindo! É que eu nunca tinha ouvido falar disso...
- Mas de que revolução estamos a falar? Da revolução em geral ou de alguma em particular? - perguntei
- da revolução francesa... - respondeu o meu amor.
E foi assim que fiquei sabendo que ele tem um amigo chamado Floreal, francês, esperantista, filho de refugiados da Espanha franquista.
E foi assim que depois, com a amiga wikipédia, fiquei sabendo que eu, provavelmente, nasci no mês Ventoso...
Ora, que alegre coincidência, não?
- Mas de que revolução estamos a falar? Da revolução em geral ou de alguma em particular? - perguntei
- da revolução francesa... - respondeu o meu amor.
E foi assim que fiquei sabendo que ele tem um amigo chamado Floreal, francês, esperantista, filho de refugiados da Espanha franquista.
E foi assim que depois, com a amiga wikipédia, fiquei sabendo que eu, provavelmente, nasci no mês Ventoso...
Ora, que alegre coincidência, não?
terça-feira, 19 de novembro de 2013
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
email recebido
No meio de um email que me pedia que fizesse uma performance nos Açores a 11 de Dezembro, no aniversário da linha SOS Mulher, da Umar-Açores, vinha:
"Desculpa o nosso «descaramento», mas sabemos que o que fazes é de um feminismo impressionante e qualidade irrepreensivel",
sinto um misto de orgulho e de "quem me dera fosse assim".
"Desculpa o nosso «descaramento», mas sabemos que o que fazes é de um feminismo impressionante e qualidade irrepreensivel",
sinto um misto de orgulho e de "quem me dera fosse assim".
oi?
Eu
nunca senti nenhuma atracção pelo povo brasileiro. Atrai-me, no entanto, a obra
do povo; a sua música, a literatura, a dança... Consigo apreciar a beleza
estonteante das paisagens que compõem o Brasil, admiro a alegria do sangue
africano e indígena que lhes corre nas veias e gosto de ver junta a bela
mistura de culturas que convivem no país.
Desta
vez, calhou-me conhecer gente que veio para contrariar as minhas experiências
anteriores. Em boa hora! Saravá Casa dos Açores do Rio de Janeiro! Fico, a
partir de agora, com vontade de voltar ao Brasil e adentrar-me no que vale a
pena!
E
não há bela sem senão.
O
que continua a deixar-me boquiaberta e quase desesperada é quando, no final de
uma frase minha, quando faço o inevitável silêncio que aguarda uma resposta d@
interlocutor/a, ouço: Oi?
E eu
pergunto, primeiro para dentro franzindo o sobrolho, depois para fora deixando
sair a voz: Oi?
E a
minha pergunta quer dizer e não diz. Quer dizer: onde é que o meu português não
consegue encontrar-se com o teu, podes explicar-me? O que é que não entendeste
mesmo? Uma palavra? A frase inteira? Não entendeste nada de nada?!
E
sinto-me chinesa, russa, polaca, japonesa, tibetana, mongol, sei lá o que é que
eu me sinto.
Sinto-me
estranha quando falo português com um português (do Brasil) e essa pessoa não
me entende!
Quando
alguém me diz uma coisa que não entendo (ou não escuto), costumo dizer:
Importas-te de me explicar como se eu fosse uma criança de 5 anos? Ou confesso,
com uma certa dose de frustração: Não entendi. Certamente tu não tens culpa, eu
é que não fui capaz de entender, podes dizer-me outra vez?...
Não
sei. Há formas de comunicar próprias de cada país e de cada cultura, por certo.
Aqui,
no Brasil, um “Oi?” pode querer dizer simplesmente “O quê?” mas a mim soa-me
sempre a: ”tu falas muito esquisito, não entendi nada”. Pergunto-me se sou eu que tenho a mania da perseguição ou se quem fala comigo coloca a origem do problema mais na minha boca do que nos seus próprios ouvidos.
E é
frustrante! Não porque eu não saiba abrasileirar o meu português. Não porque eu
me importe de repetir, se alguém não ouviu, ou de explicar por outras palavras, se alguém não entendeu o que disse.
Nada
isso. O que a mim me incomoda (e pode perfeitamente ser uma sensação de
inferioridade ou de superioridade o que sinto) é a atitude na pergunta: “oi?” e
o silêncio mortífico que lhe sucede.
E,
há dias, em que das duas uma:
Ou
desejo convictamente que o esperanto seja a língua universal capaz de unir
todos os povos no mesmo sorriso aberto;
Ou
que a comunicação dos olhares seja suficiente para o entendimento universal.
Melhores
dias virão!
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