A serem aprovadas, em 2011, vou realizar dois documentários.
Anoitece (Açores)
e
Fim do Mundo (Uruguai)
O 'Mais um dia à procura' seguiu, entretanto, para o Faial Film Fest e para o Cine'Eco.
31 de Agosto é dia de encerramentos!
terça-feira, 31 de agosto de 2010
paciência
Muita gente me tem dito, em muitas situaçoes, este ano, que eu sou muito paciente...
Sim, eu tenho todo o tempo do mundo,
até que me cortem as pernas ou as asas...
nesse momento, passo a ter ainda mais tempo, pois vou andar mais devagar...
Sim, eu tenho todo o tempo do mundo,
até que me cortem as pernas ou as asas...
nesse momento, passo a ter ainda mais tempo, pois vou andar mais devagar...
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
há músicas...
que sao capazes de nos provocar coisas raras, apertos, saudades... inquietaçoes... às vezes nem estamos a escutar a letra e a música entra nas veias. Outras vezes, atenta as letras, invadem-me emoçoes improváveis...
a música? mas é a música? Sim, é a música! e aquilo que sou com a música dentro...
Um beijo, António pelas músicas de hoje... Voltamos segunda-feira...
a música? mas é a música? Sim, é a música! e aquilo que sou com a música dentro...
Um beijo, António pelas músicas de hoje... Voltamos segunda-feira...
furacao nos açores, beijo em Cusco
Parece que se aproxima um furacao dos Açores... Ainda nao divulgaram o seu nome. Eu digo: chama-se Fatinha e está a chegar do Peru!
Entretanto, o inédito acontece! Em Cusco, duas nuvens acabam de chocar e fizeram um barulho tremendo. Agora, cheira a terra molhada e a água evapora do chao com o apetecível desejo de um beijo.
Aqui as pessoas estao contentes com esta chuva que cai em Agosto! Eu também.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Uma epopeia Odisseia vai nascer nos Açores
Ganhei a bolsa de Dramaturgia a que me candidatei em Fevereiro. Com esta bolsa, vou parir uma obra de teatro que se terá que estrear...
Vai nascer uma odisseia!!!!Além disso, Cabuia Teatro (da Argentina) e Alejandra Alarcón (da Bolívia) viajarao até aos Açores... porque as promessas sao para cumprir!!! Obrigada hermanas! Obrigada hermano!!!
Vai nascer uma odisseia!!!!Além disso, Cabuia Teatro (da Argentina) e Alejandra Alarcón (da Bolívia) viajarao até aos Açores... porque as promessas sao para cumprir!!! Obrigada hermanas! Obrigada hermano!!!
sábado, 21 de agosto de 2010
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Santa Maria-Santa Teresa-Machu Pichu
pois foi, assim pé ante pé... um passo para aqui, outro para lá e subi à cidade sagrada dos incas.
caminhar, caminhar, caminhar, ver, respirar bem, fotografias que trazem o cheiro daquele lugar...
depois um banho quente em Cocalmayo (Santa Teresa) para ver a lua aparecer a esticar-se...
tanta coisa para contar agora e as palavras a preguiçar na barriga e no peito. E na memória do olhar. Os meus olhos? Te los daria si te amara...
caminhar, caminhar, caminhar, ver, respirar bem, fotografias que trazem o cheiro daquele lugar...
depois um banho quente em Cocalmayo (Santa Teresa) para ver a lua aparecer a esticar-se...
tanta coisa para contar agora e as palavras a preguiçar na barriga e no peito. E na memória do olhar. Os meus olhos? Te los daria si te amara...
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Hoje vou à "Poça da Bêja"
aconchegando-me no colo da base de Machu Pichu... para dormir ao relento e ver o sol nascer. Porque sim. Por mais nada!
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
domingo, 15 de agosto de 2010
História trágica com final feliz
de Regina Pessoa
Há pessoas que são diferentes. E tudo o que desejam é serem iguais aos outros, misturarem-se deliciosamente na multidão. Há quem passe o resto da vida lutando para conseguir isso, negando ou tentando abafar essa diferença. Outros assumem-na e dessa forma elevam-se, conseguindo assim um lugar… no coração.
Há pessoas que são diferentes. E tudo o que desejam é serem iguais aos outros, misturarem-se deliciosamente na multidão. Há quem passe o resto da vida lutando para conseguir isso, negando ou tentando abafar essa diferença. Outros assumem-na e dessa forma elevam-se, conseguindo assim um lugar… no coração.
Kachiqhata (de novo) y Tancca
KACHIQHATA
Faz-me muita impressao prometer e nao cumprir. Daí que cada vez prometo menos. Prometo quase nada. Sou futuro para quase ninguém. Do presente sim, cuido! De qualquer maneira, soube muito bem voltar hoje a Kachiqhata para deixar cerca de 30 cedros de altura (de los Andes) para aquela comunidade abastecer aquele que já chamam o seu jardim botânico. Depois, fomos visitar o Jorge. A mae Rosa fazia hoje 42 anos, convidara-nos ébria para uma chicha. Aparecemos sem ter prometido. Quase nao se lembrava de nós no ontem. Mas o Jorge, a Pamela, o Jose Luis vieram a correr dar-nos abraços às pernas que dobrámos para entregar nossos abraços aos abraços. Ajoelhamo-nos na terra, fomos levadas às àsvores plantadas ontem (para que nos mostrasse como já a tinha regado e mimado hoje), disse-nos que o seu pai nao tinha entendido o que lhe havíamos explicado (e ele tentou transmitir-lhe) sobre o mal que fazem os eucaliptos, fizémos pássaros de papel que penduraram felizes nos ramos dos pessegueiros, fizemos um autêntico jardim zoológico de papel, porque depois vieram os pedidos de cobras, touros, vacas, porcos, um barco, um chapéu, um pato... enfim, tudo seria outra vez demasiado para explicar. O forno feito de pedras no jardim, o porco morto "depenado", aberto, temperado com caril, alho e cominhos, a fatia de bolo de amêndoa que veio a pé, nas maos da Jessica - a filha mais velha-, desde Ollantaytambo, o avô que nao falou e nos beijou, a avó que era todo um sorriso (até aos ossos!)... Um dia a Jessica vai à Europa, lá para Dezembro.
Faz-me muita impressao prometer e nao cumprir. Daí que cada vez prometo menos. Prometo quase nada. Sou futuro para quase ninguém. Do presente sim, cuido! De qualquer maneira, soube muito bem voltar hoje a Kachiqhata para deixar cerca de 30 cedros de altura (de los Andes) para aquela comunidade abastecer aquele que já chamam o seu jardim botânico. Depois, fomos visitar o Jorge. A mae Rosa fazia hoje 42 anos, convidara-nos ébria para uma chicha. Aparecemos sem ter prometido. Quase nao se lembrava de nós no ontem. Mas o Jorge, a Pamela, o Jose Luis vieram a correr dar-nos abraços às pernas que dobrámos para entregar nossos abraços aos abraços. Ajoelhamo-nos na terra, fomos levadas às àsvores plantadas ontem (para que nos mostrasse como já a tinha regado e mimado hoje), disse-nos que o seu pai nao tinha entendido o que lhe havíamos explicado (e ele tentou transmitir-lhe) sobre o mal que fazem os eucaliptos, fizémos pássaros de papel que penduraram felizes nos ramos dos pessegueiros, fizemos um autêntico jardim zoológico de papel, porque depois vieram os pedidos de cobras, touros, vacas, porcos, um barco, um chapéu, um pato... enfim, tudo seria outra vez demasiado para explicar. O forno feito de pedras no jardim, o porco morto "depenado", aberto, temperado com caril, alho e cominhos, a fatia de bolo de amêndoa que veio a pé, nas maos da Jessica - a filha mais velha-, desde Ollantaytambo, o avô que nao falou e nos beijou, a avó que era todo um sorriso (até aos ossos!)... Um dia a Jessica vai à Europa, lá para Dezembro.
- Telefona, entao! Pode ser que estejas perto de nós... a que país vais?
Aponta o papel onde eu acabara de escrever a morada das Descalças, Ponta Delgada, Azores, Portugal e responde:
- A esse. (e as lágrimas bailavam-lhe nos olhos na despedida)
TANCCA
O Lucas (e os filhos), a Orlinda, a Rosa, o Leoncio, a Teodora, a Maribel, a Luísa, a Marilin, a Fátima... Em Tancca distribuímos cedros de altura, alisos y huaranhuays a homens e mulheres que trabalhavam os campos...
Há muitas diferenças entre a nossa forma e a dos políticos/as... Nós somos um bocadinho mais discretas. Nao prometemos nada a nao ser o bem que as árvores lhes possam devolver. O ar que respiramos. As árvores antigas que no malogran a la Pachamama... Pelo caminho apertamos maos, recebemos gracias, gracias, gracias señoritas, dao-nos beijos e soa-lhes tao raro que alguem de tao longe se tenha lembrado daquelas mamitas y papitos... Enfim, prometer nao lhes prometemos nada. Acho que isso tranquiliza as pessoas.
TANCCA
O Lucas (e os filhos), a Orlinda, a Rosa, o Leoncio, a Teodora, a Maribel, a Luísa, a Marilin, a Fátima... Em Tancca distribuímos cedros de altura, alisos y huaranhuays a homens e mulheres que trabalhavam os campos...
Há muitas diferenças entre a nossa forma e a dos políticos/as... Nós somos um bocadinho mais discretas. Nao prometemos nada a nao ser o bem que as árvores lhes possam devolver. O ar que respiramos. As árvores antigas que no malogran a la Pachamama... Pelo caminho apertamos maos, recebemos gracias, gracias, gracias señoritas, dao-nos beijos e soa-lhes tao raro que alguem de tao longe se tenha lembrado daquelas mamitas y papitos... Enfim, prometer nao lhes prometemos nada. Acho que isso tranquiliza as pessoas.
sábado, 14 de agosto de 2010
Kachiqhata
um dos encontros mais bonitos hoje com a populaçao de Kachiqhata. A sorte de encontrar um Demétrio que nos entendeu apesar de ter achado que estavamos a levar poucas árvores... "É simbólico, é para plantarmos hoje, com as crianças e convosco, se conseguirmos amanha trazemos mais..." Seguimos, plantámos duas árvores na sua horta (cheia de árvores de fruta deliciosa), depois distribuímos as restantes árvores uma por cada criança... O Jorge, de 5 anos, seduziu-me porque queria uma árvore (e tinha terra!!!) mas logo se apaixonou pelas bolas de sabao que a Fatinha respirava. Chegámos ao fim. Aproximámo-nos da moto já pouco casa... O Jorge ia com o seu caozito (miniatura) pela rua abaixo, de árvore bebé na mao. Disse-lhe: "Xau, Jorge!" Olhou para trás. Parou. Perguntei: "Vas a plantar?" Respondeu que sim. Perguntei novamente (sou mesmo muito perguntadeira...): "Quieres que te ayudemos?" Disse outra vez que sim... e aí começou tudo de novo, uma história outra, as surpresas que se sucediam alegres, o caminho, as árvores, ninguém na casa dele... só os patos e os caes e as árvores...
Por este menino e por tudo, tudo o que ali vi e senti, amanha vamos mesmo voltar com mais 20 árvores para oferecer de presente!!!
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Mandolista
Hoje, antes de sairmos na mota, o menino foi a enterrar. Passou por nós novamente, numa caixa pequenina branca de madeira. Voltei a sentir que me tremiam as pernas e os braços. Deixámos as palhaças a descansar em casa, nos sonhos das noites. Fomos, a Maria e a Fatinha, plantar cedros de las alturas (ou cedro dos Andes) em Mandolista com um rebanho de meninos e meninas que parecem ser de mentira. Com crianças assim, o mundo vai mudar.
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
coraçao apertado
amanheci em paz, muito cedo, com o sol ainda a espreguiçar-se. Foi difícil meditar. O coraçao estava muito pequeno no peito e ainda assim parecia nao caber lá dentro, nao se encaixar.
A viagem começa a precisar de um repouso ou um retiro. Aquilo que vivi, estou a viver ou sinto precisa baixar ao estômago para se digerir.
Já está. Há dias que começava a regressar, que sentia mortes de coisas em mim. Ontem ficou tudo em branco. Estou a ir. Continuo a caminhar devagar. Para chegar bem. Afago as asas que volta e meia perco e volto a perder. Nao choro ainda. Sou água.
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Rumira y Phyri
Natalia é o nome desta menina de Phyri que quis cuidar desta "árbol del amor". A sua mamita ia apressada à tienda e nao podia ajudar-nos a plantar. Mas regressou uns minutos depois, apressada também, para ainda nos apanhar de enxada na mao... e prontas para esta oferta. Tinham tanta, tanta vontade de ter uma árvore... que nao duvidámos!
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Ollantaytambo (Plaza de Armas)
Há coisas que nao me apetece contar, nem explicar, nem nada!
Fotos de Ana Masats Clotet.
Fotos de Ana Masats Clotet.
domingo, 8 de agosto de 2010
Hoje acordei nos Açores
e foi muito difícil sair de lá...
Estou a tratar de deixar a morte chegar
com o vento norte
tenho perdidas as palavras
para o que sinto ter chegado devagar
estás aí e nao pertences a nenhum riacho
se nao vives em mim
morreste-me
nao me ponho triste
Estou a tratar de deixar a morte chegar
com o vento norte
tenho perdidas as palavras
para o que sinto ter chegado devagar
estás aí e nao pertences a nenhum riacho
se nao vives em mim
morreste-me
nao me ponho triste
sábado, 7 de agosto de 2010
Proyecto Semillas
é mais um projecto de Descalças cooperativa cultural, no ano da internacionalizaçao, neste momento no Peru. Estamos a visitar pueblos e comunidades (aldeias, lugares, casas, sítios isolados de qualquer lugar) para, vestidas de nariz de palhaça, plantar árvores nativas, juntamente com as pessoas das comunidades que visitamos. Voltar ou nao voltar daqui a um ano?... Se calhar é. Se nao calhar, nao é... Importante semear. Plantar. Deixar pegadas. O vento fará o resto!
A nossa mota já é um acontecimento. Ainda nao estamos dentro dela nem com os narizes postos e as pessoas já se aproximam a rir, a sorrir, a perguntar-se "qual é a ocasiao?".
Heiner (o adulto na foto) é o dono da mota que no-la entregou hoje e que me deu uma magnífica aula de conduçao todo o terreno, na maravilhosa e muito tosca prima da Zundap! Tem 125c, mudanças no pé, derrapa na areia e está sempre a fugir por todos os lados... porque o chao é muito irregular. É preciso trabalhar os músculos dos braços para a segurar... mas lá me desenrasquei, com ele ao lado. Depois, ao fim da tarde, veio ter connosco à porta da nossa casa. Olhou a mota quando vinha ainda no início da rua, sorriu com os olhos e a boca, gostou, ficou com ideias para o futuro... Vai vir connosco plantar árvores. É um homem bonito. E bom!
O pequenino na foto é o Julian, o rebelde geminiano que me desafia a criatividade, a emoçao e o riso em cada segundo que partilhamos. A foto é da Fatinha! Está tudo a ser muito bonito com esta corisca micaelense que veio da ilha desinquietar-me... Tao bom :-)
Foto de Fátima Ramos
A nossa mota já é um acontecimento. Ainda nao estamos dentro dela nem com os narizes postos e as pessoas já se aproximam a rir, a sorrir, a perguntar-se "qual é a ocasiao?".
Heiner (o adulto na foto) é o dono da mota que no-la entregou hoje e que me deu uma magnífica aula de conduçao todo o terreno, na maravilhosa e muito tosca prima da Zundap! Tem 125c, mudanças no pé, derrapa na areia e está sempre a fugir por todos os lados... porque o chao é muito irregular. É preciso trabalhar os músculos dos braços para a segurar... mas lá me desenrasquei, com ele ao lado. Depois, ao fim da tarde, veio ter connosco à porta da nossa casa. Olhou a mota quando vinha ainda no início da rua, sorriu com os olhos e a boca, gostou, ficou com ideias para o futuro... Vai vir connosco plantar árvores. É um homem bonito. E bom!
O pequenino na foto é o Julian, o rebelde geminiano que me desafia a criatividade, a emoçao e o riso em cada segundo que partilhamos. A foto é da Fatinha! Está tudo a ser muito bonito com esta corisca micaelense que veio da ilha desinquietar-me... Tao bom :-)
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
já temos mota
é mais ou menos assim...
mas vai ficar muito diferente!!!!
amanha esperamos juntar fotos da primeira saída das Palhaças Luna e Leta... para plantar árvores do amor!
mas vai ficar muito diferente!!!!
amanha esperamos juntar fotos da primeira saída das Palhaças Luna e Leta... para plantar árvores do amor!
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
dialogos da ilha (excertos da noite)
- Ém, senhora. Ê tenhe um segure de viage que inclui repatriamente...
- E purque é que a senhóra num acenô ese segure?
- Purque tinha que cometê um delite. Um crime, a senhora tame percebende? E na Bolivia todes me diziem que era melhó ê na me metê com a puliciâ.
- É mulhé, mas agora a gente tá no Piru. Se calhá já podes.
- Ém, isso é muntacertado o que tás dijende. Ê vô mija aqui que diz que é proibide e tu vás ali denunciarme.
- Ém, cumé isse agore? Ê é que te vô bufá?
(...)
- Mas ê tô praqui matutande que quando a gente lá chegasse a gente ia vivê prá prisan.
- Y depôs? Na pagames renda de casa, comemes, durmimes... e podemes dar espectacles coaquela gente, que o senho directô ia-se consolá.
(...)
- Y a gente vá saí daqui do Machupichu voandeprós Açores..
- Ém, a gente vái abri os braces e vá directas pro aeroporte de Ponta Delgada. Vás a ver no Açoriane Oriental: "duas descalças fazem aterrizagem perigosa no aeroporto Joao Paulo II"
- E se o nosse voe for un sucesse a gente inda começa a fazê concorrencia à Sata... Já imaginaste? a gente de braces abertes e as pessoas a porem-se as nossas costas e a vuá!!! pelo munde tode!!!
- Isse é que era bunite!!
- Já se sabe.
- E purque é que a senhóra num acenô ese segure?
- Purque tinha que cometê um delite. Um crime, a senhora tame percebende? E na Bolivia todes me diziem que era melhó ê na me metê com a puliciâ.
- É mulhé, mas agora a gente tá no Piru. Se calhá já podes.
- Ém, isso é muntacertado o que tás dijende. Ê vô mija aqui que diz que é proibide e tu vás ali denunciarme.
- Ém, cumé isse agore? Ê é que te vô bufá?
(...)
- Mas ê tô praqui matutande que quando a gente lá chegasse a gente ia vivê prá prisan.
- Y depôs? Na pagames renda de casa, comemes, durmimes... e podemes dar espectacles coaquela gente, que o senho directô ia-se consolá.
(...)
- Y a gente vá saí daqui do Machupichu voandeprós Açores..
- Ém, a gente vái abri os braces e vá directas pro aeroporte de Ponta Delgada. Vás a ver no Açoriane Oriental: "duas descalças fazem aterrizagem perigosa no aeroporto Joao Paulo II"
- E se o nosse voe for un sucesse a gente inda começa a fazê concorrencia à Sata... Já imaginaste? a gente de braces abertes e as pessoas a porem-se as nossas costas e a vuá!!! pelo munde tode!!!
- Isse é que era bunite!!
- Já se sabe.
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Proyecto Semillas
"Projecto Sementes" é o que as Descalças, com a Maria e a Fatinha no terreno, estao a parir no Peru. Resumidamente, vamos de comunidade, aldeia, pueblo em pueblo plantar árvores do amor e sementes de riso. Como diz a minha mae: "depois voltas aí daqui a um ano para ver como estao as árvores, nao é?". E é, é isso mesmo! Vamos com os nossos narizes de palhaças na cara e com as almas de doutoras no corpo... Vai ser lindo, vai!
domingo, 1 de agosto de 2010
Mar de S. Vicente
Chegou uma carteira dos Açores. Trouxe abraços e beijos… e um pedaço do mar… do meu mar, de S. Vicente, das poças… e o mais incrível é que até cheira… a mar…
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