quarta-feira, 4 de agosto de 2010

dialogos da ilha (excertos da noite)

- Ém, senhora. Ê tenhe um segure de viage que inclui repatriamente...
- E purque é que a senhóra num acenô ese segure?
- Purque tinha que cometê um delite. Um crime, a senhora tame percebende? E na Bolivia todes me diziem que era melhó ê na me metê com a puliciâ.
- É mulhé, mas agora a gente tá no Piru. Se calhá já podes.
- Ém, isso é muntacertado o que tás dijende. Ê vô mija aqui que diz que é proibide e tu vás ali denunciarme.
- Ém, cumé isse agore? Ê é que te vô bufá?
(...)
- Mas ê tô praqui matutande que quando a gente lá chegasse a gente ia vivê prá prisan.
- Y depôs? Na pagames renda de casa, comemes, durmimes... e podemes dar espectacles coaquela gente, que o senho directô ia-se consolá.
(...)
- Y a gente vá saí daqui do Machupichu voandeprós Açores..
- Ém, a gente vái abri os braces e vá directas pro aeroporte de Ponta Delgada. Vás a ver no Açoriane Oriental: "duas descalças fazem aterrizagem perigosa no aeroporto Joao Paulo II"
- E se o nosse voe for un sucesse a gente inda começa a fazê concorrencia à Sata... Já imaginaste? a gente de braces abertes e as pessoas a porem-se as nossas costas e a vuá!!! pelo munde tode!!!
- Isse é que era bunite!!
- Já se sabe.

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