segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Erro do Amor

errado o amor
ou são os dias úteis demais
amando demais
tudo em excesso

É demasiado íntimo, é meu. Não sei se demasiado, se meu só. Escrever, escrever, escrever quando sei que, no final, vai ser de toda a gente.
Pausa. Pausa. Pausa
O corpo queria dormir agora porque o coração lhe ordenou, na noite, que amasse. O coração ordenou ao corpo! A cabeça está só aqui a transformar isto em palavras e a agarrar na caneta e a escrever no papel. Desculpem. Não quero estar hoje aqui. Melhor, quero estar aqui mas não que olhem para mim. Larguem-me! Deixem que vos largue. Quero ser um pedaço de madeira neste chão. Fui árvore. Antes rebento. E depois semente. Agora sou taco. De madeira, no chão. Para pisar e para beijar. é possível fazer tudo ao chão que tocamos. Que se faz o caminho e faço o caminho.
Pausa. Pausa. Pausa.
Dormi pouco esta noite. Acordei 2 minutos antes de o despertador tocar. Fiqueri meia hora suspensa a meditar sobre o sono e o sonho. Quanta coisa! tanto para tão pouco tempo!
O tempo é a qualidade dele.
Pausa. Pausa.
Escrevo aos rebentões, páro nos momentos em branco.
Hoje não desenho. Não estou em paz. Tenho urgências para gritar. Ao mundo. Ao meu amor. Aos amores.
Pausa.
Às vezes quero ser apenas um taco de madeira no chão. Hoje queria ficar sossegadinha num buraco. Dormi pouco, esta noite. Ainda me desequilibro. É bom. A corda bamba é um desafio.
(14nov2010, 10h)

Sem comentários:

Enviar um comentário