domingo, 7 de novembro de 2010

última hora

Já escrevo com acentos novamente há um mês!
e tenho estado parada neste blogue...
redefinindo as fronteiras entre o íntimo, o público, a maria e a descalça...
não é uma crise existencial, necessariamente.
mas não sei etiquetá-la.
O blogue esteve fechado porque eu estive dentro de um buraquinho sem espreitar. Não é que estivesse a aterrar... estive a sentir o meu lugar aqui, sossegadinha...
O blogue ficou privado, só meu. é um direito, quando afinal este lugar ultrapassa em muito o meu caderno de escritos diários. Aqui é onde procuro partilhar com mais gente. Porque eu não sou de partilhas desmesuradas...
não sei em que lugar me coloco para me guardar tanto assim, de que tenho medo afinal?..
as reticências são uma respiração e o que não se quer dizer mas se adivinha...
adivinha quem quer, quem pode, adivinhem-me.
ou recebam simplesmente. Não quero doer, por isso aqui estou.
de novo
não nova
"uma pilha velha" - disseram uma vez.
"tu nasceste com 6 cabelos brancos, filha" - ouvi toda a vida
"tu, cheia de mania, vais por aí... e vais estar sempre em todos os lugares"... Pois é, Fatinha! Deves ter razão...
Os leitores e as leitoras deste blogue são pessoas, sem dúvida! Não é que não tenham dúvidas. São pessoas, sem dúvida! Atenção à vírgula... Ser pessoa, para mim e em mim, não é nada de extraordinário. Não é o mundo. É o meu mundo. As pessoas é que são extraordinárias!
Hoje fiquei a pé. Um pneu que se esvaziou na curva do caminho e no fundo da rua... Era para que eu voltasse, era para a lua nova, para um banho de mar que só se deseja, era para que apanhasse a chuva no cabelo e na ponta do nariz, era para vir cantar, era para tudo isto que sou...

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