terça-feira, 14 de dezembro de 2010

chuva de mulher

uma mulher sai despida para a rua.
chove em Ponta Delgada
e não cheira a liberdade
ninguém repara na mulher entre as gotas
ninguém a vê
ninguém a chora
ninguém.
Há uma mulher à chuva
na rua
despida
de sapatos vermelhos
dançando...
ela rodopia e é o vento
ou o vento a rebola.
chora,
chorará?
entre a chuva...
vai.

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