Jurou-lhe dias de silêncio mas ele foi o primeiro a chegar e começou por calar-se. Quando ela desceu ao porto, na manha seguinte, ele recebeu-a mudo e ela maga. Falou muito pouco, o suficiente para o conduzir como a um cego que se dedicara a nascer de novo, outra vez, como em cada trintena de anos. Ela jurara o silêncio e entregara suas águas. Caminharam quatro dias seguidos, sem sapatos, deixando o sangue escorrer em cada passada. Quando regressaram à casa, traziam duas das quatro maos coladas que nao se despegaram nunca mais. E o amor de braço dado, ao peito.
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