sábado, 12 de dezembro de 2009

cantar

foto André Brandão, 2006

hei-de cantar! que mal há nisso?!
Não me interessa que desafine, não me interessa que não pronuncie bem o inglês, o espanhol ou até o português. Não me interessa! Hei-de cantar. Interpreto e vivo a música e arrepio-me muitas vezes. Emociono-me. Hei-de andar pelos botecos, de porta em porta, procurando encaixar a voz em qualquer músico(a) que me aceite, 'até que a voz me doa'. Sem vergonha. Vou ganhar desavergonhagem, com a viagem... Começo hoje a recolha de letras e alinho um reportório de Maria - un concierto in(possible). Um concerto com música e poesia e palavras de intervenção. como sempre, como antes... como no início...
Pensava que não ia para o palco, no próximo ano. Que iria trabalhar com pessoas, que as ajudaria, eventualmente, a subir os degraus de algum palco... que às vezes é apenas o mesmo chão do público... mas já não sei. Reinventa-se em mim a inquietação de estar lá, nessa tablado, e ao mesmo tempo estar noutro lugar. Vivo essa dialéctica. Essa forma minha de estar na Arte. Até quando? Até quando conseguirei conciliar os dois lados e estar feliz com isso?

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