quarta-feira, 3 de abril de 2013

os homens beijam-se na cara... e mais

Soube, há dias, que este hábito de os homens, no Uruguai e na Argentina, se beijarem na cara não é muito antigo. Tem a idade aproximada de terem começado a beber, da revolução russa, costumes e ideologias. Ou seja, terá começado nos anos 60 do século XX.
Não deixa de ser bonito de ver.
É, aliás, muito bonito de ver.

20h00
A esta hora, o Bar 36 enche-se de homens de meia-idade. Conversam, bebem o seu copo na mesa ou ao balcão e são, certamente, vizinhos da rua, vivendo nas antigas casas coloniais de tectos altos e fachadas de pedra trabalhada.
Lá fora, numa das mesas, um homem bonito de lenço na cabeça e cão aos pés, canta alto a música que lhe entra pelos ouvidos.
O varredor continua, há horas, a apanhar as folhas dos plátanos para sacos pretos, uns a seguir aos outros. Ainda não descobri para onde leva as folhas todas que apanha do chão.
Aqui dentro, futebol sem som na televisão e o Chico Buarque canta: existiria verdade, verdade que ninguém vê, se todos fossem no mundo iguais a você.
O cheiro a massa de pizza e a fainá entranha-se-me pelo nariz.


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