quinta-feira, 8 de abril de 2010

Cinema boliviano

segunda-feira, entre chegada de Toro Toto e partida para La Paz.
Cementerio de los elefantes
Pois é,
é um dos melhores filmes do cinema boliviano. Sentada ao lado do realizador Tonchy Antezana, naquele lugar que é um lugar perfeito, em Cochabamba, a 300m de casa.
E se já haviamos falado de meu "Mais um dia à procura" passar cá, promovendo-se no final uma conversa com a presença da realizadora, agora surge a vontade de promover nos Açores um ciclo de cinema boliviano ou uma mostra dos filmes deste cineasta que já é um amigo.
Que sorte, que privilégio... que lindo eu ter ido morar ali, ao lado do CineArte 35mm...
Na segunda-feira passada... engoli em seco muita coisa no final do filme. Fiquei petrificada. Estava a 1h30 de entrar no autocarro rumo a El Alto, La Paz, local onde se passa a acçao do filme. Arrepiei-me. Tive medo, pela primeira vez, angustiei-me... O Tonchy deve ter sentido as minhas lágrimas escondidas e apenas me disse:
- Fuerte, no?
Acenei que sim com a cabeça...
- Pues, cuida te, allá!
E, já em La Paz, ontem, outro filme... ou seja, exactamente o outro lado do cementerio de os elefantes. Zona Sur. A mesma angústia, o mesmo arrepio, o mesmo medo... Saio do cinema à meia-noite. As ruas nao sao muito iluminadas, nao sei onde apanhar um truffi, os taxis vao seguramente enganar-me, caminho pela cidade colocando dezenas de rosas na visualizaçao do meu caminho e nos bordes da minha redoma. Ninguém me fala, ninguém me vê. Entro no Truffi. Subimos a El Alto. Sou muito pequena e magra entre os dois homens que vao adormecendo no banco de trás da viagem.
Chego, por fim, à cama! Paz.
O cinema boliviano está muito bem, mesmo!


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