Ontem, sentada na noite do sofá que às vezes é cama, olhei fixamente a parede, com o livro "O mestre e as magas" no regaço.
Senti que duas maos me abriam o esterno para escancarar minhas costelas acolchoadas pelo peito, de par em par. Entrou uma mulher. Uma mulher que nunca conheci e que, dizem, morreu bonita, há anos, nos Açores. Nao sei o seu nome, nem conheço o seu rosto. Vinha falar-me. Nao sei o que me disse, mas pediu-me que cuidasse... Senti-me tao tranquila...
Hoje, cola-se esta música em mim.
Cuido, cuido sim.
Cuido de ti e dos teus.
Descansa. Volta. Havemos de conversar mais vezes.
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