sexta-feira, 30 de novembro de 2012
Amare...
Amare significa assumersi rischi e prendere decisione.
Solo i coraggiosi conoscono l'amore, tutti gli altri ne hanno solo sentito parlare.
(Davide Capelli)
dia do Gil
E foi assim, ontem, a despedida da "Hora da Descoberta"por este ano no Dia do Gil, no Hospital em Ponta Delgada.
Lindo, lindo de morrer.
Mais um pão feito! E ainda um gorro, cachecol e asas em forma de coração para o meu patrão Gil.
Maravilha.
Lindo, lindo de morrer.
Mais um pão feito! E ainda um gorro, cachecol e asas em forma de coração para o meu patrão Gil.
Maravilha.
foto: Alex Pereira
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
dançaria
- seria perfeitamente capaz de dançar isto toda a noite!
- como?
- o meu corpo ondulando colado ao teu
as mãos que investigam os contornos da pele
as bocas que bailam sem rumo também
como o nariz que cheira e te devora
por inteiro.
era assim. ponto.
- como?
- o meu corpo ondulando colado ao teu
as mãos que investigam os contornos da pele
as bocas que bailam sem rumo também
como o nariz que cheira e te devora
por inteiro.
era assim. ponto.
uepa! poxaaaa! está bem, pronto ;-)
Seguindo em frente | *** |
Válido durante muitos meses : Este é um dos trânsitos mais importantes de sua vida. Ao longo deste período suas responsabilidades aumentarão consideravelmente, levando-a a eliminar tudo aquilo que não for indispensável. Por isso, sua vida ficará ao mesmo tempo mais simples e mais complexa. Você estará finalizando certas coisas e entrando num período de cerca de cinco a oito anos de preparação relativamente calma para um novo início. Enquanto abandona certas coisas, se esforçará bastante para concluir outras. É possível que durante este trânsito você tenha menor liberdade de movimentos que de hábito, devido à pressão das circunstâncias e à necessidade de finalizar as coisas. Velhas pendências encontrarão solução agora. Talvez o trabalho lhe exija mais esforço que habitualmente, pois seus chefes podem atribuir-lhe mais responsabilidades do que você desejaria. Embora não seja exatamente leve e descontraído, o período deve ser bem produtivo. Entretanto, evite iniciar agora projetos totalmente novos, pois dentro de poucos anos talvez chegue à conclusão de que não dispõe dos recursos materiais ou psicológicos para finalizá-los. Termine o que começou e simplifique sua vida. Os relacionamentos válidos não sofrerão grandes abalos, mas os que não o forem se romperão completamente agora. Você estará tentando livrar-se de tudo que não for necessário ou benéfico a seu desenvolvimento nos próximos anos. Os relacionamentos difíceis e complicados serão provavelmente descartados. Procure não construir uma barreira entre você e os outros, pois há um grande risco disso acontecer agora. Os deveres, obrigações e responsabilidades não excluem os relacionamentos satisfatórios, embora você possa pensar o contrário. Caso se isole das pessoas desnecessariamente, acabará ficando só e deprimida. As pessoas que fazem parte de seu cotidiano serão muito importantes neste momento, principalmente porque você provavelmente excluirá as que não fazem parte dele. Talvez encontre em pessoas mais velhas o entendimento e a percepção de que precisa agora. (in: astro.com) e ainda... "Agora o amor e a criatividade poderão transformar sua vida. Não desperdice essa oportunidade." |
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
washing feet
It symbolizes the washing away of past mistakes.
(foto e citação retiradas de: Pagan Birthing Rituals)
Quem dera fosse tão simples.
De certeza, eu conseguia alguém para me lavar os pés...
e lavaria, de bom grado, os das pessoas do mundo inteiro!
silêncio
ouço o silêncio que há em mim
a inquietação da lua na água que me corre pela pele
o susurro das dúvidas
a melancolia
olho o silêncio que há em nós
em mim e na lua
e espero a serenidade
dos braços a aquecer os ossos
hoje não como
não bebo
não respiro
a inquietação da lua na água que me corre pela pele
o susurro das dúvidas
a melancolia
olho o silêncio que há em nós
em mim e na lua
e espero a serenidade
dos braços a aquecer os ossos
hoje não como
não bebo
não respiro
terça-feira, 27 de novembro de 2012
pessoas bonitas
- Não achas que as pessoas bonitas merecem se conhecer entre elas?
- Então não acho?!!!! Claro que sim! E não tenho dúvidas! Houvesse vida para tantos encontros! ;-)
- Então não acho?!!!! Claro que sim! E não tenho dúvidas! Houvesse vida para tantos encontros! ;-)
domingo, 25 de novembro de 2012
Mateo
Ontem a Blanca veio com a família jantar cá. Eu estava contente!
E com o Mateo (que tem 3 anos) foi uma espécie de amor à primeira vista.
Brincámos ao "onde está o Mateo? desapareceu! Ai não, está aqui!!!! Que susto!" e risos e mais risos.
Depois ele fez a sua própria pizza. depois pediu-me água. dei-lhe numa caneca com gatos. Olhou a caneca e pediu leite. Ri-me. Riu-se.
- Queres mesmo leite?
- Xim.
Olhei a mãe. Encolheu os ombros.
Passado um bocadinho:
- Quero leite.
- Está bem, eu dou-te leite. Queres quente ou frio?
- Quente.
- Olha, vai demorar um bocadinho mais do que o normal porque eu não tenho microondas.
- Está bem. Quero leite com chocolate!
Ele nunca tinha estado cá em casa. Nem podia saber se eu tinha ou não chocolate. Não tenho, obviamente, daquele chocolate que faz as delícias de pequenos (e muitos grandes), que tem um canguru brincalhão na embalagem.
Mas tenho outro! Tenho uma mistura que eu própria faço de 1/3 de chocolate em pó + 2/3 de cacau em pó + 1 pitada de canela.
Pus-me a aquecer o leite. Dei comida à Macua.
Quando dei por mim, o Mateo estava a dar à boca da Macua a sua comida, grãozinho por grãozinho. E ela delicada lambia-lhe a mão, esperava a comida seguinte. Quando ele demorava porque se distraía, ela ia comer directamente à taça (estava cheia de fome, diga-se), então ele acordava, punha a sua mãozita na taça juntamente com a boca dela, retirava mais uns grãozinhos e ela lá voltava a comer-lhe da mão.
O leite ficou quentinho, juntei-lhe a minha mistura, e dei-lhe a caneca dos gatos. Olhou para mim com uns olhos dos mais doces que tenho visto nos últimos tempos.
- Está bom?
- Está!
E foi sentar-se no puff amarelo, na sala.
- Mateo, já agradeceste à Maria? - perguntou-lhe a Blanca.
- Não precisa - disse eu baixinho. O facto de me ter olhado assim e ter dito que estava bom já é um enorme agradecimento!
Quando foi a despedida, o Mateo não queria ir. Por brincadeira perguntei:
- Queres cá ficar e amanhã levo-te na mota amarela a casa?
- Xim!
e acenava a cabeça não tirando os olhos de mim.
- Dormes na cama da Macua? - continuei brincando
- Xim!
E pronto, a partir daí é rápida e triste a história.
Ele não podia ficar, começou a chorar, eu arrependi-me logo de ter perguntado (já estou farta de saber que não se brinca com as crianças, mas eu nunca pensei que ele, com 3 anos, dissesse que queria ficar), consegui ainda contar-lhe um segredo ao ouvido, para secar as lágrimas:
- Amanhã vou lanchar à tua casa e a mamã disse que queria fazer um bolo. Que bolo é que nós lhe vamos encomendar?
E ele, muito baixinho, disse-me:
- De chocolate!
sábado, 24 de novembro de 2012
ainda é cedo
Às vezes, parece-me que precisamos viver alguns anos de vida para entender certas coisas:
- que a paciência é uma virtude;
- que esculpir a nossa pérola interior é uma tarefa que, além de valer a pena (*), nos pode sempre acompanhar;
- que a liberdade e a utopia são as coisas mais importantes que existem porque, provavelmente, nunca chegaremos a elas nesta vida;
- que a felicidade é mesmo o caminho e quando é partilhado sabe ainda melhor;
Hoje, sinto-me capaz de agradecer a todas as pessoas que cruzaram o meu caminho
Sem elas não seria efectivamente quem sou,
não viveria o que vivo.
Sem as escolhas, os acasos, as fatalidades que me aconteceram (ou que fiz acontecer)
eu não seria este pedaço de mulher que olha para o presente e lhe diz:
- Ainda é cedo! Ainda há tempo! Ainda vale a pena!
(*) e valer a pena é mesmo valer a pena! Vale sofrer, como dizia, há dias, o Bucay.
- que a paciência é uma virtude;
- que esculpir a nossa pérola interior é uma tarefa que, além de valer a pena (*), nos pode sempre acompanhar;
- que a liberdade e a utopia são as coisas mais importantes que existem porque, provavelmente, nunca chegaremos a elas nesta vida;
- que a felicidade é mesmo o caminho e quando é partilhado sabe ainda melhor;
Hoje, sinto-me capaz de agradecer a todas as pessoas que cruzaram o meu caminho
Sem elas não seria efectivamente quem sou,
não viveria o que vivo.
Sem as escolhas, os acasos, as fatalidades que me aconteceram (ou que fiz acontecer)
eu não seria este pedaço de mulher que olha para o presente e lhe diz:
- Ainda é cedo! Ainda há tempo! Ainda vale a pena!
(*) e valer a pena é mesmo valer a pena! Vale sofrer, como dizia, há dias, o Bucay.
sky circles
"The way of love is not
a subtle argument.
The door there
is devastation.
Birds make great sky-circles
of their freedom.
How do they learn that?
They fall, and falling,
they are given wings."
o Rumi tem sempre as palavras certas para o que eu queria dizer-te!
a subtle argument.
The door there
is devastation.
Birds make great sky-circles
of their freedom.
How do they learn that?
They fall, and falling,
they are given wings."
o Rumi tem sempre as palavras certas para o que eu queria dizer-te!
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
ronda
o vento anda e ronda o meu quarto perfumado como se fosse alguém a divagar a porta que range e partiram-se muitos vidros nos últimos dias algo inquietante no ar que hoje me deixou mais perturbada do que é normal estranha sensação sem pontuação sinto-me sem pontuação
Não quero
A olhar para o futuro dizendo-lhe:
- Anda, anda cá!
de olhos abertos, coração derretido, sorriso cravado
os braços em riste para um longo e terno abraço.
Não quero morar aí no futuro.
Não quero teme-lo.
Não quero que doa.
Não quero uma ressaca odiosa.
Não quero o medo.
Eu tenho direito a caminhar pela alegria e pelo amor.
Não quero que a felicidade seja o porto de chegada, apenas o caminho a percorrer.
Às vezes, é tão bom saber exactamente o que não se quer!
- Anda, anda cá!
de olhos abertos, coração derretido, sorriso cravado
os braços em riste para um longo e terno abraço.
Não quero morar aí no futuro.
Não quero teme-lo.
Não quero que doa.
Não quero uma ressaca odiosa.
Não quero o medo.
Eu tenho direito a caminhar pela alegria e pelo amor.
Não quero que a felicidade seja o porto de chegada, apenas o caminho a percorrer.
Às vezes, é tão bom saber exactamente o que não se quer!
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
Certamente - conversas conjugais em público
- Anda!... Então?
E, depois de levantar a voz, ela olhava para ele, lá atrás, ao fundo, ainda no início do corredor do supermercado, agarrado ao cesto das compras e a colocar nele coisas retiradas das prateleiras. Cruzei-me com ela e olhei para o fundo do corredor à espera de ver um miúdo de 10 anos agarrado aos chocolates.
Não! Era um homem, alto, meio careca, quarenta anos recentes, vestido de escuro que olhou como um cachorro envergonhado em público. Sorri-lhe e encolhi os ombros pensando: deixe lá...
Um minuto depois, ele chocou com o cestinho na arca dos congelados. Bolas - murmurou!
E ela, olhando inquisidora para o cesto das compras:
- Pra que é isso? E não bastava um? Trazes logo dois. Pareces uma criança!
Eu procurava o tagliatelli sem ovo e até me desorientei também. Apeteceu-me colocar rapidamente o nariz e sair por aquele supermercado como a sombra daquela mulher até que ela se visse ao espelho. Que pena que só levava comigo o cartão multibanco, as chaves e o saco ecológico nas mãos :-(
Realmente ela tratava-o como nem a uma criança se deve tratar. Que triste fiquei.
Mais tarde, eu do lado de cá, o casal do lado de lá, ela agarra uma embalagem de miniaturas de bolos pré-congelados prontos a ir ao forno e com um sorriso diz-lhe:
- Olha, os que nós costumamos comer no café. Levamos?
E ele encolhe os ombros ao mesmo tempo que acena um sim com a cabeça. Ela coloca a embalagem no cesto das compras e convence-se que o desejo é dele. Certamente.
Se o amor é isto, se o casamento é isto, eu morreria solteira e no ódio. Certamente.
E, depois de levantar a voz, ela olhava para ele, lá atrás, ao fundo, ainda no início do corredor do supermercado, agarrado ao cesto das compras e a colocar nele coisas retiradas das prateleiras. Cruzei-me com ela e olhei para o fundo do corredor à espera de ver um miúdo de 10 anos agarrado aos chocolates.
Não! Era um homem, alto, meio careca, quarenta anos recentes, vestido de escuro que olhou como um cachorro envergonhado em público. Sorri-lhe e encolhi os ombros pensando: deixe lá...
Um minuto depois, ele chocou com o cestinho na arca dos congelados. Bolas - murmurou!
E ela, olhando inquisidora para o cesto das compras:
- Pra que é isso? E não bastava um? Trazes logo dois. Pareces uma criança!
Eu procurava o tagliatelli sem ovo e até me desorientei também. Apeteceu-me colocar rapidamente o nariz e sair por aquele supermercado como a sombra daquela mulher até que ela se visse ao espelho. Que pena que só levava comigo o cartão multibanco, as chaves e o saco ecológico nas mãos :-(
Realmente ela tratava-o como nem a uma criança se deve tratar. Que triste fiquei.
Mais tarde, eu do lado de cá, o casal do lado de lá, ela agarra uma embalagem de miniaturas de bolos pré-congelados prontos a ir ao forno e com um sorriso diz-lhe:
- Olha, os que nós costumamos comer no café. Levamos?
E ele encolhe os ombros ao mesmo tempo que acena um sim com a cabeça. Ela coloca a embalagem no cesto das compras e convence-se que o desejo é dele. Certamente.
Se o amor é isto, se o casamento é isto, eu morreria solteira e no ódio. Certamente.
anoneira muda de casa...
Querida anoneira,
finalmente vais mudar de casa.
Na próxima segunda-feira, vou transplantar-te com a Fatinha para o teu novo lugar.
Lá poderás dar frutos doces e suculentos como tanto desejas!
Gosto de ti, porra! E vou adorar os teus frutos, doces e sumos!
finalmente vais mudar de casa.
Na próxima segunda-feira, vou transplantar-te com a Fatinha para o teu novo lugar.
Lá poderás dar frutos doces e suculentos como tanto desejas!
Gosto de ti, porra! E vou adorar os teus frutos, doces e sumos!
NOVIEMBRE
Quando cheguei à Bolívia, em Março de 2010, no melhor café do mundo (cine 35 mm de Nayra Antezana) conheci o lindo Bruno Andia que, passados 10 minutos de me ouvir falar do que ali fazia, me disse:
- Conoces la peli Noviembre? Pues si tiene tu cara....
e pronto, não passaram muitos dias até que ele ma arranjasse e, só no fim desse ano, quando regressei aos Açores, a pude ver tranquilamente.
Marcou-me muito, sim! É um dos filmes da minha vida!
Por isso, no próximo sábado, vou projectá-lo na parede da minha sala com lareira e pipocas... ainda em Novembro!
Seja bem-vind@ quem vier por bem.
terça-feira, 20 de novembro de 2012
Sofreste em excesso
por tua ignorância,
carregaste teus trapos
para um lado e para outro,
agora fica aqui.
Na verdade, somos uma só alma, tu e eu.
Nos mostramos e nos escondemos tu em mim, eu em ti.
Eis aqui o sentido profundo de minha relação contigo,
Porque não existe, entre tu e eu, nem eu, nem tu.
(Rumi)
carregaste teus trapos
para um lado e para outro,
agora fica aqui.
Na verdade, somos uma só alma, tu e eu.
Nos mostramos e nos escondemos tu em mim, eu em ti.
Eis aqui o sentido profundo de minha relação contigo,
Porque não existe, entre tu e eu, nem eu, nem tu.
(Rumi)
insónia???? nem pensar!
está a plantar-se uma filha de uma insónia para aqui.
olho-a de lado, a ver se quer mesmo entrar.
olho-a nos olhos.
sei porque está aqui: tive uma manhã inquieta.
- Já passou, já passou - digo-lhe
e não quer ouvir-me. Quer que eu actue.
escrevo, escrevo quase automaticamente e não penso muito no que digo.
Todas as minhas irmãs amigas estão apaixonadas. Uma em Lisboa, outra no México, outra no Perú, outra no Uruguai...
o mundo está a mudar.
a rodar.
estamos em 2012 e ainda não fiz as revoluções.
o tempo passa e eu devagar sempre a correr.
quando olho para o caminho, sorrio as dores e os amores.
um amigo chora agora porque lhe envio uma canção bonita com cheiro a portugal.
outra amiga casou há 3 dias atrás e eu, de surpresa, soprei-lhe bolas de sabão no casamento.
escrevo, escrevo compulsivamente porque dentro de mim há uma infinidade de coisas por explodir.
perigosa eu!
o mundo move-se quando o ponho a mexer. recebo e escrevo muitas cartas e os sonhos tornam-se realidade. continuarei a sonhar.
dormir? não me apetece. pois se a vida é bela, a morte incerta e a noite infinita! vamos, cantemos!
está bem, está bem. vou aquecer uma chávena de leite de aveia e levo um livro para me adormecer, na cama, com festinhas no cabelo.
olho-a de lado, a ver se quer mesmo entrar.
olho-a nos olhos.
sei porque está aqui: tive uma manhã inquieta.
- Já passou, já passou - digo-lhe
e não quer ouvir-me. Quer que eu actue.
escrevo, escrevo quase automaticamente e não penso muito no que digo.
Todas as minhas irmãs amigas estão apaixonadas. Uma em Lisboa, outra no México, outra no Perú, outra no Uruguai...
o mundo está a mudar.
a rodar.
estamos em 2012 e ainda não fiz as revoluções.
o tempo passa e eu devagar sempre a correr.
quando olho para o caminho, sorrio as dores e os amores.
um amigo chora agora porque lhe envio uma canção bonita com cheiro a portugal.
outra amiga casou há 3 dias atrás e eu, de surpresa, soprei-lhe bolas de sabão no casamento.
escrevo, escrevo compulsivamente porque dentro de mim há uma infinidade de coisas por explodir.
perigosa eu!
o mundo move-se quando o ponho a mexer. recebo e escrevo muitas cartas e os sonhos tornam-se realidade. continuarei a sonhar.
dormir? não me apetece. pois se a vida é bela, a morte incerta e a noite infinita! vamos, cantemos!
está bem, está bem. vou aquecer uma chávena de leite de aveia e levo um livro para me adormecer, na cama, com festinhas no cabelo.
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
domingo, 18 de novembro de 2012
regresso à terra
duas manhãs, sábado e domingo nas hortas da Quinta da Cesta e do Quintal Descalço.
Couves do pai, favas e flores que chamam as borboletas estão agora no meu quintal repousadas no manto da terra abraçando a lua.
apanhei os últimos tomatinhos vermelhos, encontrei duas cenouras apaixonadas que cresceram juntas em forma de coração e um tesouro novo para a colecção.
Ouvi Elis Regina no volume máximo da aparelhagem.
Batata-doce, tomate, pimento, cebola assados para o jantar. Uma deliciosa sopa de salsa acabada de apanhar.
Ouço agora Sílvio Rodriguez.
A cabeça está em ordem, mas as borboletas já namoram no meu estômago. Contagem decrescente para voar.
Couves do pai, favas e flores que chamam as borboletas estão agora no meu quintal repousadas no manto da terra abraçando a lua.
apanhei os últimos tomatinhos vermelhos, encontrei duas cenouras apaixonadas que cresceram juntas em forma de coração e um tesouro novo para a colecção.
Ouvi Elis Regina no volume máximo da aparelhagem.
Batata-doce, tomate, pimento, cebola assados para o jantar. Uma deliciosa sopa de salsa acabada de apanhar.
Ouço agora Sílvio Rodriguez.
A cabeça está em ordem, mas as borboletas já namoram no meu estômago. Contagem decrescente para voar.
18.11.12
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
24 horas
Nas últimas 24 horas, subi e desci do mais alto dos céus 8 vezes, estive em três ilhas e, numa delas, apresentei, pela última vez, o espectáculo "Clowntastrófico".
Ou seja, não mais catástrofes a partir de agora. Gosto :-)
Ontem à noite desfiz-me em água porque percebi, mais uma vez, que ninguém, para além de mim, mora na minha cabeça (e isso, às vezes, custa muito aceitar... continuo a treinar, continuo a aprender)
Hoje, às 6h da manhã tinha um presente delicioso e até ali desconhecido no meu email, que me convidava a abrir as janelas. E fui!
Estive no absolutamente lunar vulcão dos Capelinhos depois de ter ido a um casamento.
Tudo isto, com um enorme amor no coração. Que dói e beija até ao infinito.
São muitas emoções para uma mulher-peixa que é perita em esconder-se atrás da rochas, no fundo do mar.
Ou seja, não mais catástrofes a partir de agora. Gosto :-)
Ontem à noite desfiz-me em água porque percebi, mais uma vez, que ninguém, para além de mim, mora na minha cabeça (e isso, às vezes, custa muito aceitar... continuo a treinar, continuo a aprender)
Hoje, às 6h da manhã tinha um presente delicioso e até ali desconhecido no meu email, que me convidava a abrir as janelas. E fui!
Estive no absolutamente lunar vulcão dos Capelinhos depois de ter ido a um casamento.
Tudo isto, com um enorme amor no coração. Que dói e beija até ao infinito.
São muitas emoções para uma mulher-peixa que é perita em esconder-se atrás da rochas, no fundo do mar.
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
sonho
Mulher A - como se diz lunes em português?
Menina - jnkljbdlkjb (língua desconhecida)
Mulher B - nooo, no es así, sabes bien.
Mulher A- deja, puedo entender. Y como se dice martes?
Menina - (outra palavra em língua desconhecida)
o extraordinário é que entendo perfeitamente tudo o que diz ;-)
Mulher A - E sabado, como se diz em português?
Menina - (silêncio pensativo)
Mulher B - Vaya, tu sabes esa... pues si son iguales!
Menina - (após longo silêncio pensativo malandro) sabat e kjhiucjhxbnsjhb (outra palavra em língua desconhecida que eu volto a sentir que, não entendendo, entendo)
risos e olhares de cumplicidade
bom.
Menina - jnkljbdlkjb (língua desconhecida)
Mulher B - nooo, no es así, sabes bien.
Mulher A- deja, puedo entender. Y como se dice martes?
Menina - (outra palavra em língua desconhecida)
o extraordinário é que entendo perfeitamente tudo o que diz ;-)
Mulher A - E sabado, como se diz em português?
Menina - (silêncio pensativo)
Mulher B - Vaya, tu sabes esa... pues si son iguales!
Menina - (após longo silêncio pensativo malandro) sabat e kjhiucjhxbnsjhb (outra palavra em língua desconhecida que eu volto a sentir que, não entendendo, entendo)
risos e olhares de cumplicidade
bom.
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
sonho
a tua carta explica: estava, há mto tempo, reservada a semana que apanha o dia 1 de Fevereiro para um congresso no Funchal.
mas não temos que ir à Madeira... Onde quero ir, afinal?
não cheguei a saber...
mas não temos que ir à Madeira... Onde quero ir, afinal?
não cheguei a saber...
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Azar-beijão
Este foi para o Azarbeijão! Com alegria!
Naquele país, imagino, os beijos devem ser enormes... oxalá não dêem azar...
Bem, às vezes, em algumas línguas (ahahahaahh) o azar é sorte, né?
... pronto, está bem, só troquei um a por um e.
O que importa isso?!
domingo, 11 de novembro de 2012
la partida - de Victor Jara
Há dias que esta música me anda a bailar por dentro. Ainda hoje me apareceu, de surpresa, enquanto meditava.
Não sei se se deve a quem ma "ofereceu", se é por ser do Victor Jara, se é por causa de me ter feito voltar a tocar flauta transversal, se é porque me lembra muito a América do Sul e as viagens, se o seu título tem a ver com partir, simplesmente partir, ou se "la partida" pode significar também um jogo, de ir e voltar... no feminino. O feminino de "el partido" que ainda por cima é também quebrada, partida, não inteira...
Mistura-se tudo na minha cabeça e a viagem assalta-me de novo.
É porque já estou a viajar cá dentro de mim!
Não sei se se deve a quem ma "ofereceu", se é por ser do Victor Jara, se é por causa de me ter feito voltar a tocar flauta transversal, se é porque me lembra muito a América do Sul e as viagens, se o seu título tem a ver com partir, simplesmente partir, ou se "la partida" pode significar também um jogo, de ir e voltar... no feminino. O feminino de "el partido" que ainda por cima é também quebrada, partida, não inteira...
Mistura-se tudo na minha cabeça e a viagem assalta-me de novo.
É porque já estou a viajar cá dentro de mim!
Não sei parar de te olhar
É isso aí!
Como a gente achou que ia ser
A vida tão simples é boa
Quase sempre
É isso aí!
Os passos vão pelas ruas
Ninguém reparou na lua
A vida sempre continua
Como a gente achou que ia ser
A vida tão simples é boa
Quase sempre
É isso aí!
Os passos vão pelas ruas
Ninguém reparou na lua
A vida sempre continua
Eu não sei parar de te olhar
Eu não sei parar de te olhar
Não vou parar de te olhar
Eu não me canso de olhar
Não sei parar
De te olhar
Eu não sei parar de te olhar
Não vou parar de te olhar
Eu não me canso de olhar
Não sei parar
De te olhar
É isso aí!
Há quem acredite em milagres
Há quem cometa maldades
Há quem não saiba dizer a verdade
Há quem acredite em milagres
Há quem cometa maldades
Há quem não saiba dizer a verdade
É isso aí!
Um vendedor de flores
Ensinar seus filhos a escolher seus amores
Um vendedor de flores
Ensinar seus filhos a escolher seus amores
emudeci
acabo de emudecer...
felizmente é hora de dormir e pode ser que, amanhã, eu esteja recuperada.
felizmente é hora de dormir e pode ser que, amanhã, eu esteja recuperada.
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
Amor, Confiança, Atracção... é isso que faz falta!
Para construir una relación íntima, no alcanza con el amor, hace falta además la atracción y la confianza, hace falta además del amor que yo sienta que hay algo en ti que me atrae, que me fascina, que me gusta, que me mueve, que me lleva a pensarte. Hace falta, que confíe en ti.
La confianza en una relación implica tal grado de confianza en el otro que yo no contemplo la posibilidad de mentirte.
Habrá que darse cuenta que el amor, la atracción, la confianza son cosas que suceden o no suceden y cuando no suceden la relación puede ser buena, pero no será íntima y si no es íntima, no será transcendente. Puedo hacer cosas para impedirme a mí mismo amarte pero no puedo hacerlo por decisión, no puedo confiar por decisión, no puedo sentirme atraído por decisión, ni por gratitud ni por historia, es algo simplemente que sucede o no sucede, algo que permanece o ha dejado de pasar y de nada sirve querer permanecer en el tiempo con lo que ya no está y de nada sirve creer que el sacrificio puede hacer que dure más allá de su tiempo, si me sacrifico me mutilo, si cancelo mi vida por ti podré conseguir tu lástima, tu desprecio, tu consideración, quizás tu gratitud, pero jamás podré conseguir que me quieras, porque eso, eso, ni siquiera depende de ti, de hacer de nuestras vidas algo que valga la pena vivir. Me parece que a veces olvidamos lo que quiere decir esa frase, repetimos todo el tiempo "vale la pena esto, no vale la pena aquello" no nos damos cuenta de que estamos hablando de valer la pena, vale penar por aquellas cosas que amamos, vale penar por aquellas cosas que nos importan, vale penar por aquellas relaciones que generan encuentros comprometidos y transcienden en el tiempo.
(Jorge Bucay)
La confianza en una relación implica tal grado de confianza en el otro que yo no contemplo la posibilidad de mentirte.
Habrá que darse cuenta que el amor, la atracción, la confianza son cosas que suceden o no suceden y cuando no suceden la relación puede ser buena, pero no será íntima y si no es íntima, no será transcendente. Puedo hacer cosas para impedirme a mí mismo amarte pero no puedo hacerlo por decisión, no puedo confiar por decisión, no puedo sentirme atraído por decisión, ni por gratitud ni por historia, es algo simplemente que sucede o no sucede, algo que permanece o ha dejado de pasar y de nada sirve querer permanecer en el tiempo con lo que ya no está y de nada sirve creer que el sacrificio puede hacer que dure más allá de su tiempo, si me sacrifico me mutilo, si cancelo mi vida por ti podré conseguir tu lástima, tu desprecio, tu consideración, quizás tu gratitud, pero jamás podré conseguir que me quieras, porque eso, eso, ni siquiera depende de ti, de hacer de nuestras vidas algo que valga la pena vivir. Me parece que a veces olvidamos lo que quiere decir esa frase, repetimos todo el tiempo "vale la pena esto, no vale la pena aquello" no nos damos cuenta de que estamos hablando de valer la pena, vale penar por aquellas cosas que amamos, vale penar por aquellas cosas que nos importan, vale penar por aquellas relaciones que generan encuentros comprometidos y transcienden en el tiempo.
(Jorge Bucay)
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
louca!
estou a ouvir vários discursos do Che seguidos!
e em lista de espera a música Fly Me to the Moon, pelo Frank Sinatra!
Haja diversidades no ouvido
e em lista de espera a música Fly Me to the Moon, pelo Frank Sinatra!
Haja diversidades no ouvido
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Invariavelmente
Invariavelmente,
às seis da tarde, todos os dias, despedia-se da mulher e dos filhos dizendo:
- Até logo, meus amores. Vou namorar.
Iniciava o passeio descalço. Gostava de sentir as pequenas agulhas de que eram feitos os graozinhos de areia perdidos na calçada portuguesa daquela terra do sul.
Caminhava uma hora até chegar, por fim, sorrindo, à casa dela.
Olhavam-se
invariavelmente
nos olhos. Viam-se as almas e despiam-se naquele segundo em que demora um abraço a chegar a outro abraço e a respiração de dois se confunde.
Depois, ele sentava-se aos seus pés e a boca dela bailava no ar.
Ele adormecia,
invariavelmente,
dez minutos
naquele murmurar de folhas e flores que, soltas dos cabelos dela, enchia o vento de um perfume de miosótis e figos doces.
Todos os dias,
invariavelmente,
à meia-noite ele regressa a casa.
Beija a mulher e os filhos e sonha com uma árvore que veio do fim dos tempos só para o abraçar.
às seis da tarde, todos os dias, despedia-se da mulher e dos filhos dizendo:
- Até logo, meus amores. Vou namorar.
Iniciava o passeio descalço. Gostava de sentir as pequenas agulhas de que eram feitos os graozinhos de areia perdidos na calçada portuguesa daquela terra do sul.
Caminhava uma hora até chegar, por fim, sorrindo, à casa dela.
Olhavam-se
invariavelmente
nos olhos. Viam-se as almas e despiam-se naquele segundo em que demora um abraço a chegar a outro abraço e a respiração de dois se confunde.
Depois, ele sentava-se aos seus pés e a boca dela bailava no ar.
Ele adormecia,
invariavelmente,
dez minutos
naquele murmurar de folhas e flores que, soltas dos cabelos dela, enchia o vento de um perfume de miosótis e figos doces.
Todos os dias,
invariavelmente,
à meia-noite ele regressa a casa.
Beija a mulher e os filhos e sonha com uma árvore que veio do fim dos tempos só para o abraçar.
ali
7.11.12 costa sul.s.miguel.açores
nas nuvens do meu olhar
escrevi duas cartas de amor
uma há-de ir
outra há-de esperar
depois a caneta rodopiou
bem na linha do horizonte
e tudo o que tinha escrito
um doce rebeijo o apagou
ficou-me o silêncio a luzir
como pirilampo no coração
um sol que teima em só rir
e pela estrada de (a)mar há-de ir
agarrar-se à tua mão
absolutamente inspirada nos lenços dos namorados (tradicionais minhotos), versão contemporânea, ainda sem erros ortográficos ;-) e sem namorar!
terça-feira, 6 de novembro de 2012
as 4 faces do coração de alfazema
E O CHEIRO (a)FINAL...
cor-de-alfazema
artesanato made by me
Nome: COR-DE-ALFAZEMA
Linha: SEGREDOS
Materiais: tecido, linha, alfazema do meu quintal
Poliamor visto do lado de lá da barricada
A primeira vez na vida que eu ouvi: Eu não deixei de te amar e agora apaixonei-me por outra pessoa...
passada a primeira dor e, porque afinal eu já adivinhava há meses essa nova paixão, eu pensei logo: porque não podes fica com as duas?
estás louca?!!! - foi o que ouvi.
E sim, devia estar louca, nessa altura, como continuo louca hoje quando penso que não desejo nenhum amor em exclusivo, quando não desejo amar em exclusivo, quando simplesmente, para mim, tudo é possível até que não o seja...
... pausa
tudo é possível menos:
a mentira
a irresponsabilidade
a injustiça
o desamor
o desrespeito
(seja lá cada coisa destas o que for...)
Não vivi ainda a situação de amar duas pessoas ao mesmo tempo e não posso, por isso, imaginar como seria viver a três (ou a mais até). Não creio também que uma relação poliamorosa implique necessariamente que todas as pessoas estejam apaixonadas umas pelas outras ou que vivam intimamente uma relação em conjunto. Não, não tem que ser assim. Eu gosto de A que gosta de mim e também de B que até também gosta de C... O que tem que ser é um permanente exercício de verdade. Assim é o mundo, também!
Por isso, sigo há alguns anos o blogue http://www.polyportugal.blogspot.pt
e, hoje, encontrei um maravilhoso texto para quem está do lado de lá da barricada e que pode ser lido aqui. Porque acho mesmo importante sabermos colocar-nos em todos os lugares.
passada a primeira dor e, porque afinal eu já adivinhava há meses essa nova paixão, eu pensei logo: porque não podes fica com as duas?
estás louca?!!! - foi o que ouvi.
E sim, devia estar louca, nessa altura, como continuo louca hoje quando penso que não desejo nenhum amor em exclusivo, quando não desejo amar em exclusivo, quando simplesmente, para mim, tudo é possível até que não o seja...
... pausa
tudo é possível menos:
a mentira
a irresponsabilidade
a injustiça
o desamor
o desrespeito
(seja lá cada coisa destas o que for...)
Não vivi ainda a situação de amar duas pessoas ao mesmo tempo e não posso, por isso, imaginar como seria viver a três (ou a mais até). Não creio também que uma relação poliamorosa implique necessariamente que todas as pessoas estejam apaixonadas umas pelas outras ou que vivam intimamente uma relação em conjunto. Não, não tem que ser assim. Eu gosto de A que gosta de mim e também de B que até também gosta de C... O que tem que ser é um permanente exercício de verdade. Assim é o mundo, também!
Por isso, sigo há alguns anos o blogue http://www.polyportugal.blogspot.pt
e, hoje, encontrei um maravilhoso texto para quem está do lado de lá da barricada e que pode ser lido aqui. Porque acho mesmo importante sabermos colocar-nos em todos os lugares.
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
domingo, 4 de novembro de 2012
sunday breakfast
As minhas fadas-flor, no prato, emocionaram-se hoje com o que lhes saiu das mãos, bem cedo pela manhã. Que belo pequeno-almoço!
E isto foi apenas o início ;-)
PS1. Por razões alheias à minha vontade, auto-proibo-me de publicar fotos do restante repasto matinal, evitando assim o sofrimento alheio de quem não pode sobreviver ao aumento da saliva na sua boca...
E isto foi apenas o início ;-)
looking around, thinking about you
PS1. Por razões alheias à minha vontade, auto-proibo-me de publicar fotos do restante repasto matinal, evitando assim o sofrimento alheio de quem não pode sobreviver ao aumento da saliva na sua boca...
gravemente "sincronicizada"...
Há uns dias almocei frente à casa do Teo e mandei-lhe uma mensagem de saudades e sonhos. Respondeu que vinha para S. Miguel no dia a seguir, passaria o fim-de-semana e que nos encontraríamos para cafés e palavras gostosas!
No dia 1, o Carlos mostrava-me a Teresa no jornal. Lemos a notícia em conjunto, virámos a página e o meu telemóvel tocou. Era a Teresa.
Na sexta, dia 2, um beep avisou-me de ter entrado na reserva do depósito de gasóleo da carrinha. "Merda, não tenho dinheiro para pôr gasóleo!" Nesse dia ainda, ficou disponível na conta das Descalças uma boa maquia de euros que nos deviam. Já enchi o depósito!
Ontem, meditando frente ao espelho da casa de banho, pensava na Fatinha e em duas coisas que tinha para lhe dizer. Ouvi um plim no computador indicando que alguém começava comigo uma conversa no chat do gmail. Era a Fatinha.
Ontem, à tarde, tinha publicado uma foto de bonsai de uma árvore apenas com flores rosadas. À noite, vi uma árvores muito parecida, em ponto gigante, no jardim Antero de Quental, em Ponta Delgada.
Há uns minutos, reli um email que tinha enviado ao Sebastyen para ter a certeza de que lhe tinha respondido e para o qual aguardava resposta. Escreveu-me agora mesmo a combinar um encontro amanhã ou terça.
em suma, não conto tudo mas...
ando gravemente doente de sincronicidade.
No dia 1, o Carlos mostrava-me a Teresa no jornal. Lemos a notícia em conjunto, virámos a página e o meu telemóvel tocou. Era a Teresa.
Na sexta, dia 2, um beep avisou-me de ter entrado na reserva do depósito de gasóleo da carrinha. "Merda, não tenho dinheiro para pôr gasóleo!" Nesse dia ainda, ficou disponível na conta das Descalças uma boa maquia de euros que nos deviam. Já enchi o depósito!
Ontem, meditando frente ao espelho da casa de banho, pensava na Fatinha e em duas coisas que tinha para lhe dizer. Ouvi um plim no computador indicando que alguém começava comigo uma conversa no chat do gmail. Era a Fatinha.
Ontem, à tarde, tinha publicado uma foto de bonsai de uma árvore apenas com flores rosadas. À noite, vi uma árvores muito parecida, em ponto gigante, no jardim Antero de Quental, em Ponta Delgada.
Há uns minutos, reli um email que tinha enviado ao Sebastyen para ter a certeza de que lhe tinha respondido e para o qual aguardava resposta. Escreveu-me agora mesmo a combinar um encontro amanhã ou terça.
em suma, não conto tudo mas...
ando gravemente doente de sincronicidade.
as ondas ao pescoço
leva
as ondas do mar penduradas no pescoço
que escorrem dos cabelos em carnudos caracóis
vai
despede-se do presente olhando as árvores despidas de folhas
e carregadas de flores rosadas pelo vendaval
regressa
mostra as unhas pintadas de amora que lhe tapam a boca
calando o desejo de outro dia de sol
ding dong
o seu amor toca à campainha do regaço
as ondas do mar penduradas no pescoço
que escorrem dos cabelos em carnudos caracóis
vai
despede-se do presente olhando as árvores despidas de folhas
e carregadas de flores rosadas pelo vendaval
regressa
mostra as unhas pintadas de amora que lhe tapam a boca
calando o desejo de outro dia de sol
ding dong
o seu amor toca à campainha do regaço
auto-retrato com unhas de amora
sábado, 3 de novembro de 2012
mapa do tesouro
iniciado a 4 de setembro
terminado ontem, fotografado hoje.
é o mapa do meu tesouro para o final de 2012. eis o que sou!
é presente!
olhá-lo-ei todos os dias para me recordar :-)
terminado ontem, fotografado hoje.
é o mapa do meu tesouro para o final de 2012. eis o que sou!
é presente!
olhá-lo-ei todos os dias para me recordar :-)
relações
"cuidar de uma relação como se ela fosse um bonsai" leio.
e fico para aqui a pensar.
difícil, sim.
e é isso mesmo!
digo eu: cuidar de uma relação como se ela fosse um bonsai... difícil!
sem vírgulas
e sem ponto final
e fico para aqui a pensar.
difícil, sim.
e é isso mesmo!
digo eu: cuidar de uma relação como se ela fosse um bonsai... difícil!
sem vírgulas
e sem ponto final
imagem retirada de http://weheartit.com
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
os meus olhos
Hoje, a menina Sara que me ajudou a fazer pão, à tarde, na escola da Ajuda da Bretanha disse, no final, a ir-se embora...
- Ó Chica, tens uns olhos tão bonitos!
...
...
silêncio.
e eu?!
corei.
- Ó Chica, tens uns olhos tão bonitos!
...
...
silêncio.
e eu?!
corei.
Abraço-me
existo
e existes em mim
arrepio profundo do meu ser
e o nosso sonho apertado
doce
nas asas do vento
havemos de cantar
as mais belas utopias
e existes em mim
arrepio profundo do meu ser
e o nosso sonho apertado
doce
nas asas do vento
havemos de cantar
as mais belas utopias
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
Aprender a dizer "Não"
Ainda não me sai sem dor, ou com naturalidade...
Foram muitos anos a dizer sim.
De forma que, agora, pareço ainda uma criança a aprender a falar.
Aprendo a dizer "Não" e custa! custa bastante...
Depois, o sabor de o conseguir é delicioso,
para mim, para o meu coração, para a minha alma que se deixa ver.
Não, não sou uma pessoa sempre disponível.
Não, não quero fingir que as coisas não me doem.
Não, não quero esconder o que sinto.
Não, não quero dizer "sim" só porque te amei, no passado.
Não, já não te amo.
...
Não, não quero sequer ver-te. Dóis-me, outra vez, demais quando já tinhas deixado de doer.
Não, não aceito que me desrespeites
Não, não sou uma galinha que adora que camiões lhe passem por cima
Não. Não sou invisível, nem transparente, nem insensível.
Sou tudo o contrário.
É favor cuidar-me, sou preciosa!
Foram muitos anos a dizer sim.
De forma que, agora, pareço ainda uma criança a aprender a falar.
Aprendo a dizer "Não" e custa! custa bastante...
Depois, o sabor de o conseguir é delicioso,
para mim, para o meu coração, para a minha alma que se deixa ver.
Não, não sou uma pessoa sempre disponível.
Não, não quero fingir que as coisas não me doem.
Não, não quero esconder o que sinto.
Não, não quero dizer "sim" só porque te amei, no passado.
Não, já não te amo.
...
Não, não quero sequer ver-te. Dóis-me, outra vez, demais quando já tinhas deixado de doer.
Não, não aceito que me desrespeites
Não, não sou uma galinha que adora que camiões lhe passem por cima
Não. Não sou invisível, nem transparente, nem insensível.
Sou tudo o contrário.
É favor cuidar-me, sou preciosa!
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