uns minutos de uma internet roubada no meio de um café para onde fujo para resistir a uma súbita e inesperada (será?) baixa de energia e de alegria.
Os dias difíceis apesar do amor e do sol.
- Vocês matam-se com os silêncios! - ouvi-me a dizer ao pai e à mãe.
- Porque não perguntam? porque não falam sobre as coisas?
E, novamente, tenho razão... e não fico contente.
E depois, depois de estar em modo zen a embrulhar as prendas que a minha mãe compra para dar a toda a gente que respira, depois de ir buscar a mala grande que tem 42 anos de viver anos inteiros no sótão à espera de descer as escadas, faço o presépio.
Nestes dias, fazemos visitas, sorrio, olho absorta para as pessoas que são universos tão particulares,
choro outra vez, convenço uma mãe que a Casa dos Segredos é alienante e estupidificante, invento um detonador explosivo para desligar a televisão cada vez que alguém pare na TVi, revolto-me de hora a hora e redescubro porque estou sempre longe, rio-me também, sempre retorno a aceitar o que tenho e o que sou, ensino, cuido, faço rir, desenvolvo um tratado sobre psicologia animal (canina), admiro a Macua (minha filha) sobrinha do Massau (o labrador de 3 meses que agora habita também as nossas vidas) ... enfim, nada de novo!
Recordo porque já passei tantos Natais longe da tribo biológica. Recordo a verdade em mim e tento, tento sempre...
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