quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

dia 4, começo a chegar

Hoje sou uma árvore. Apenas um corpo de mim em simbiose num tronco velho e de profundas raízes. Um braço de árvore feito, saindo-me do ombro nu para o alto do céu. Cinco dedos compridos. O outro para baixo, ligado ao tronco, partindo para uma raiz longínqua. Um abraço de raizes de árvore me fundem a cintura, uma ternura universal. Tao bom... Abraço. Sou abraçada. Tenho saudades do teu abraço que desconheço. Como quem tem saudades do futuro e ressaca o passado. Sou velha, uma árvore velha e hoje... encontrei esta menina. Foi real! (Nunca te arrependas do que me contas. Estou a viver isso!)

A Alexandra é esta menina peruana já nascida na Argentina (ehehe). Brinca na rua montando um dinossauro num camiao. Pergunta se tenho marido e filhos. Às vezes nao entende muito bem o que digo... Explico-lhe: Sabes? É que eu nao falo muito bem. E ela compreende, concorda e nao dá importância ao facto. Seguimos falando de ela querer "comprar un hermano e una mascota". Que mascote? pergunto. "Un perro!" Ah, sí un perro. Podería ser un gato. Ela responde de imediato: No, los gatos arañan! Claro, Alexandra. Sem dúvida. Um cao é muito melhor... Como estará a Macua?

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