Pablo - mapa, mapa, mapa, dá me un mapa!
Rápido encontro um pequeno mapa na bolsa. Abrimo-lo. Ele aponta um lugar.
eu - Pero eso esta fuera del mapa.
Ele ri-se, matreiro. sim, é verdade. mas é aqui...
Combinamos entao às 20h, no lugar mais perto que existe no mapa. É a porta de um Museu, na Plaza Pedro del Castillo, na parte fundacional de Mendoza (a mais antiga). Às 19h30 começo a caminhar. Vou perguntando aqui e ali. Sigo convicta que nao sei para onde vou, nem o que vou ver, mas aceito o desafio de um rapaz que claramente me provocou para ver se eu me desenrasco, se os encontro... ai, nao sabe ele como eu gosto de jogos! Sacana argentino, porteño :)
Às 20h05 lá estou. Eles nao. A plaza é viva e está cheia de fotografias para tirar. Hoje é para lá que vou! Rodeio o Museu. Ninguém. Pergunto por uma cabine de telefone pública. Um senhor indica-me a bomba de gasolina. Vou. O telefone é público mas só para chamadas locais, nao para telemoveis. Volto a rodear o Museu. Atrás dele uma carretera de grande movimento de trânsito. Para lá dessa é que é o sítio fora do mapa... Pois é... atravesso? nao atravesso? Vejo uma malabarista. Aproximo-me... Sentado ali no muro, encostado à sua bicicleta... Chincho - o "Calimero", companheiro que também está a frequentar o curso de clown. Pergunta-me: Vas p' ajá? Sim, vou, nao sei para onde nem ver o quê, mas eu vou... Sabes onde é? Sim, responde. E é assim, o universo conspira. Fui com o Chincho até à Casa Molina, onde o Leo (um dos responsáveis do Centro de Teatro do Oprimido do Rio de Janeiro, que trabalhou cerca de 30 anos com o Boal) esteve a provocar uma tertúlia de partilha da sua experiência e vida... porque está de férias e segue para o encontro Latino-Americano de TO, no Norte da Argentina, na próxima semana... Olé, essa é que é essa. Nessa casa, mora uma enorme árvore debaixo da qual se diz que dormiu San Martí - o libertador.
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