quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

fecho os olhos e entro na tua casa
muito mar nos separa e estive de facto aí

toda
encontro

dois corpos se misturam
sobem e descem na vertigem da espiral
um fluxo de movimento
perpétuo
no vazio do Tempo
confudimo-nos num beijo
lento
ya no veo, solo sigo
te sigo
persigo
aun que esté aqui

tenho um rasgo de cicatriz no peito
por onde entra a tua mao
a acariciar o meu coraçao
as veias abertas
o sol que me queima a pele e me morde o sabor
a ti.

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